Jornalista de afiliada do SBT vira réu após ser acusado de golpe do Pix na Record

O TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) aceitou uma denúncia do Ministério Público contra o apresentador Marcelo Castro, que atualmente é contratado da TV Aratu –afiliada do SBT no estado. Ele é acusado de aplicar um golpe para desviar dinheiro de uma campanha promovida pela Record para ajudar uma jovem com câncer. O jornalista Jamerson Oliveira também é réu no caso.

A decisão foi assinada pelo juiz Cidval Sousa Filho, que também determinou o bloqueio de bens materiais que estejam no nome dos comunicadores; o objetivo é que sejam devolvidos cerca de R$ 670 mil que foram desviados. A informação é da Folha de S. Paulo.

Por conta da acusação, Castro e Oliveira estão proibidos de saírem de Salvador pelos próximos sete dias e também não podem deixar o Brasil. 

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O suposto esquema envolvendo os jornalistas foi descoberto em março do ano passado, quando o valor de R$ 70 mil, que havia sido doados por um jogador de futebol, deveria ter sido repassado para a família de uma menina de 1 ano, que fazia tratamento contra câncer.

Posteriormente, o assessor do atleta descobriu que o número do Pix para qual o dinheiro tinha sido enviado não era o mesmo que aparecia na tela da Record como direcionado para a família. 

A situação levantou suspeitas e fez com que um procedimento interno fosse instaurado; a emissora protocolou uma notícia-crime para que uma investigação fosse iniciada. Poucos dias depois, Castro e Oliveira foram demitidos da empresa. 

De acordo com o F5, os jornalistas teriam arrecadado mais de R$ 540 mil em doações, que deveriam ter sido repassados para as vítimas que eram divulgadas no programa da Record. Eles, no entanto, teriam se apropriado de 75% da quantia, cerca de R$ 410 mil. 

Além de Marcelo Castro, Jamerson Oliveira também foi contratado pela afiliada do SBT após ser demitido da concorrente. Eles produzem conteúdo para o programa Alô Juca, que inicialmente era um site de notícias criado por eles. 

O que diz a defesa? 

A defesa dos dois jornalistas afirma que "continua, veementemente, sustentando a inocência dos dois e acreditando fielmente na mais lídima Justiça do estado da Bahia."