Lucky Ladies
Edu Moraes/Fox Life
Mulher Filé, Mary Silvestre, Tati Quebra Barraco, MC Carol, MC Sabrina e Karol Ka estrelam programa
MÁRCIA PEREIRA
Publicado em 25/5/2015 - 5h58
Sob o comando de Tati Quebra Barraco, cinco mulheres que representam o funk brasileiro foram confinadas durante dois meses em uma luxuosa cobertura em Copacabana, no Rio de Janeiro, com vista para o mar. O resultado será visto a partir desta segunda-feira (25), às 22h30, com a estreia de Lucky Ladies, o primeiro reality show do canal Fox Life realizado no Brasil. O programa traz barracos, gritaria e música. Os conflitos entre as funkeiras são destaque na atração, mas suas histórias de vida na batalha pelo sucesso também estarão em evidência.
É uma atração que promove entretenimento para telespectadoras do canal e que visa também atrair o público masculino. O formato do programa já foi realizado em outros países da América Latina. “Na nossa adequação aqui no Brasil, nós encontramos as funkeiras. O canal está buscando se diferenciar dos outros do segmento, oferecendo entretenimento. Não é mais o faça você mesmo, a linha que tinha antes, com o Bem Simples [antigo nome do Fox Life]”, diz Eduardo Zebini, vice-presidente de programação e marketing da Fox no Brasil.
Lucky Ladies conta com a cantora Tati Quebra Barraco e o produtor musical Rafael Ramos como mentores do projeto. Eles selecionaram as cinco participantes entre 5.000 cantoras. O objetivo é aperfeiçoar o talento de cada uma, corrigir comportamentos inadequados e torná-las estrelas do funk. MC Carol, Mary Silvestre, Karol Ka, MC Sabrina e Mulher Filé são as “aprendizes” deles.
Cada uma tem uma personalidade e um estilo musical diferente, e o objetivo final dessa empreitada é colocá-las juntas com Tati Quebra Barraco em um grande show. O confinamento durou dois meses e será apresentado no decorrer dos 12 episódios, cada um com uma hora de duração. “Foi uma experiência única”, diz Tati, às gargalhadas, já que a mulherada tem pávio curto e briga entre si o tempo inteiro.
Tati Quebra Barraco e o produtor Rafael Ramos no terraço do apartamento do reality
“As pessoas me conhecem na mídia por ser ex-miss. Todos vão me conhecer agora de verdade. É um mundo completamente novo para mim. Hoje, eu posso me mostrar como sou e num universo que eu escolhi como meu”, comenta Mary Silvestre. Ela chegou ao funk depois de ser modelo, participar do concurso Miss Brasil e ter trabalhado como assistente de palco do Caldeirão do Huck, da Globo.
Depois da mentora Tati Quebra Barraco, a funkeira mais conhecida do programa é a Mulher Filé, que se chama Yani de Simone. Ela participou da sexta edição de A Fazenda, em 2013. Ela não se intimida diante das câmeras e abusa da sensualidade. “Eu comecei com 18 anos com Mr. Catra, o rei do funk, e agora aprendi mais com a rainha do funk, a Tati. Posso dizer que cada uma de nós entrou de um jeito e saiu de outro. Estar confinada com pessoas diferentes é muito difícil”, confidencia Yani.
Vai além dos barracos
A mais tímida do grupo, a MC Carol, que é conhecida como Carol Bandida, confirma que o aprendizado, as aulas de canto, merecem ser destacados como o lado melhor dessa experiência. “Os exageros serão bem explorados no programa. Mas também aprendi que não é só dançar sensualmente no palco, que não é só uma coisa. Funk é cantar, é atitude, é dançar”, diz.
A divergência entre elas é o fio condutor de Lucky Ladies. Mas todas as participantes esperam que o programa abra portas para elas. “Já fiz shows no Brasil inteiro. Algumas já levaram o movimento para fora do país. Nós somos conhecidas dentro do funk, mas talvez a gente não chegasse às classes mais altas. Essas pessoas só viam o funk em reportagens sobre comunidades ou em tragédias. Agora, a atração mostrará a nossa música e que o funk é um movimento de luta”, fala a Mulher Filé.
A produção tem o intuito de fazer com que os telespectadores conheçam o gênero musical que se tornou parte da cultura brasileira. “Trazemos o cenário do funk brasileiro com um olhar diferente. Queremos mostrar que essas mulheres batalham por seus sonhos e trabalham duro para alcançar todos os seus objetivos. Vamos aprofundar a realidade do funk brasileiro e revelar um lado diferente da música e desse movimento no país”, declara Eduardo Zebini.
Lucky Ladies colocará no ar um episódio inédito todas às segundas, às 22h30, no canal Fox Life.
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