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'Flavio Cavalcante morreu ao vivo', diz Geraldo Luis ao recusar programa

Reprodução/Record

Geraldo Luis no último Domingo Show, que ficou na frente da Globo durante 20 minutos - Reprodução/Record

Geraldo Luis no último Domingo Show, que ficou na frente da Globo durante 20 minutos

DANIEL CASTRO

Publicado em 26/10/2016 - 5h46

O apresentador Geraldo Luis ainda não disse "não" oficialmente à proposta da Record de fazer um programa diário, mas vai dizer. A amigos, ele tem dito que ficou balançado, mas não vai aceitar porque resolveu priorizar sua saúde e a convivência com o filho de 15 anos, que cria sozinho. Diabético, o jornalista de 45 anos teme ficar doente de tanto trabalhar e se preocupar com conteúdo e audiência. "Flávio Cavalcante morreu ao vivo", lembra aos interlocutores.

A comparação com Flávio Cavalcante é pertinente. A ideia da Record ao propor uma atração diária, na faixa das 22h30, é justamente reeditar o programa de variedades que fez sucesso nos anos 1970 e 1980, primeiro na Tupi e depois no SBT. Cavalcante morreu em 1986, aos 63 anos, quatro dias após sofrer um infarto durante um intervalo comercial de seu programa. Ironicamente, o apresentador era famoso pelo bordão "Nossos comerciais, por favor".

Geraldo Luís chegou a ficar estimulado com a proposta da Record e até começou a imaginar o que faria no ar diariamente. Apesar do super-salário (só de merchanding, estima-se que ele poderia tirar pelo menos R$ 300 mil mensais), concluiu que não valeria a pena. "Tem coisas que não têm preço", justificou a um amigo.

Além das questões pessoais, pesou na decisão o risco de trocar o certo pelo duvidoso, ou seja, o consolidado Domingo Show por um programa diário. Aos domingos, ele está muito bem. É vice-líder com folga, tem dado quase o dobro do SBT no horário. No último, chegou a bater a até então imbatível Escolinha do Professor Raimundo, da Globo, durante 20 minutos.

Nos outros dias da semana, Geraldo Luis não teria a menor chance de liderar entre 22h30 e 0h. Teria uma concorrência difícil, já consolidada, do Programa do Ratinho. O cenário mais provável seria um terceiro lugar. "Se programa diário fosse bom, Gugu ainda estaria lá", disse a outro interlocutor, lembrando que Gugu ficou no ar às terças, quartas e quintas em 2015, mas só funcionou às quartas.

Geraldo Luis levou em consideração ainda que teria de trabalhar todos os dias, de domingo a domingo, pelo menos na fase inicial. Gravaria alguns programas para viajar durante alguns dias. E não veria mais o filho.

Sem Geraldo Luis diariamente e Gugu aos domingos, a Record trabalha com outros cenários de programação para 2017. Já está praticamente certo que os sábados terão Xuxa às 15h, Sabrina Sato às 17h, novelas, telejornal e Legendários às 22h30. Uma possibilidade é Gugu Liberato continuar às quartas e assumir o horário de Xuxa às segundas _nos demais dias, a emissora exibiria reality shows, jornalísticos e filmes.

Gugu duas vezes (ou mais) por semana, aliás, seria uma forma de vingar as exigências que o apresentador fez para renovar contrato. Ele quer ganhar um salário fixo (especula-se de R$ 1 milhão) e que a Record arque com todas as despesas de seu programa. Com um só show por semana, essa conta não se paga.


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