BASTIDORES
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Ilze Scamparini entrou ao vivo no Jornal Hoje para analisar escolha de Prevost como novo papa
Correspondente da Globo em Roma e especialista nos bastidores do Vaticano, Ilze Scamparini entrou no Jornal Hoje desta quinta (8) para analisar a escolha de Robert Francis Prevost como o novo líder da Igreja Católica. A repórter entregou que o pontífice recém-eleito já começou negando uma vontade do papa Francisco (1936-2025), seu antecessor no cargo.
"Um desejo do papa Francisco ele já não satisfez, porque o papa Francisco por duas vezes se referiu ao sucessor dele como João 24. Ele preferiu Leão 14. Vamos ver o que isso vai significar", provocou Ilze em conversa ao vivo com César Tralli para o noticiário vespertino.
Ao ser questionada pelo âncora o significado do nome escolhido e o que ele pode significar, a correspondente saiu pela tangente. "Olha, eu acho que a gente vai ter que esperar um pouquinho para entender, vamos ver o que ele vai propor", desconversou ela.
Antes, a jornalista admitiu que ficou surpresa com a escolha de Prevost. "Fiquei muito surpresa. Embora ele já fosse um dos cotados, ele pertencia a uma segunda linha de candidatos", confessou Ilze. "Foi uma surpresa grande, até porque esses favoritos da segunda linha nem sempre conseguem ultrapassar essa segunda linha."
"Eu acho que a palavra principal que ele falou nesse discurso dele foi 'sinodal', ele disse isso, então quer dizer que ele vai continuar o governo de Francisco. Fez uma mensagem longa para a posse, uma mensagem religiosa e de agradecimento, diferente da dos outros papas que falaram mais diretamente aos fiéis", analisou a repórter.
"Mas depois o papa eleito se dirigiu aos romanos e, com certeza, ganhou a simpatia deles e de toda a cidade. Para quem dizia que ele não falava bem italiano, Tralli, não é verdade, ele se apresentou e se expressou muito bem, com um italiano muito bom", continuou Ilze.
Depois, a jornalista analisou as motivações políticas por trás da escolha de Prevost para liderar a Igreja Católica. "O que a gente precisa entender agora é por que um americano pela primeira vez na história. Embora esse seja menos americano entre os americanos", apontou Ilze.
"Tinha havido divergências entre o papado de Francisco e o governo americano, então por isso não se esperava tanto um papa americano, mas quem sabe ele possa ajudar a diminuir essa distância entre o pensamento da Santa Sé, do próprio governo italiano e do governo americano", disse ela.
"Acho que ele pode ser um grande instrumento para isso também, e acho que ele vai fazer um grande pontificado porque propõe a continuidade do [trabalho de] Francisco, é muito aberto, inclusive em relação às comunidades gays, e tudo aquilo que foi motivo de reforma para o Francisco, com tanto sacrifício, com tantas críticas e até com condenações", finalizou a repórter.
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