Fim precoce
Divulgação/Band
Luiz Bacci durante gravação do Tá Na Tela; programa sai do ar dia 31, menos de quatro meses após estreia
DANIEL CASTRO
Publicado em 10/12/2014 - 13h15
Por que um programa que está no ar há apenas quatro meses e aumentou a audiência do horário em 50% sai do ar repentinamente? A resposta está na economia. Segundo Diego Guebel, diretor-geral de Conteúdo da Band, o Tá Na Tela com Luiz Bacci acaba no próximo dia 31 por causa das previsões sombrias para o ano que vem. "A projeção econômica para 2015, para nós e para todas as redes do Brasil, é delicada. Os otimistas falam em um cenário de crescimento zero", justifica.
Além do Tá Na Tela, a Band vai tirar do ar mais três programas: Polícia 24H, Sabe ou Não Sabe e Zoo. Nos bastidores da emissora, fala-se em um corte de R$ 25 milhões no orçamento das produções de programas no próximo ano. O clima é tenso entre funcionários. Nos programas extintos, demissões serão inevitáveis.
O momento "pé no freio", como diz Guebel, não é exclusivo da Band. A Record deverá promover em janeiro um corte de 20% em sua folha de pagamento. O SBT desistiu de contratar Fábio Porchat temendo não ter dinheiro para bancar os custos. Até na Globo, que fatura dez vezes mais do que suas concorrentes diretas, há cautela sobre como gastar em 2015.
No caso de Luiz Bacci, apresentador do Tá Na Tela, maior investimento da Band em 2014, haverá um realocamento. Ele apresentará a edição nacional do Café com Jornal, telejornal matinal. "Bacci é uma aposta para nós e o jornalsimo é um ativo estratégico. Então, mudamos os planos, pensamos bem como alocar todo nosso orçamento e nossos ativos para sermos mais eficientes", diz Guebel.
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