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REUNIÃO MINISTERIAL

Datena dá piti ao vivo após ouvir que Band pediu dinheiro a Jair Bolsonaro

REPRODUÇÃO/BAND

O apresentador José Luiz Datena no cenário do Brasil Urgente com a mão levantada

Datena perdeu a linha ao vivo quando Band foi citada em um dos vídeos da reunião ministerial de abril

REDAÇÃO

Publicado em 22/5/2020 - 19h17

José Luiz Datena deu um piti ao vivo no Brasil Urgente nesta sexta-feira (22) enquanto exibia os vídeos da reunião ministerial, ocorrida em abril. Em determinado momento, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que a Band havia pedido dinheiro ao governo de Jair Bolsonaro. O apresentador interrompeu a transmissão, perdeu a paciência e prometeu nunca mais entrevistar o presidente do Brasil.

"Aí vem o cara numa reunião ministerial com o presidente da República e diz 'o pessoal da Band quer dinheiro'. Se você deu dinheiro para alguém aqui da Band, Pedro, você indique para quem você deu, que com certeza essa pessoa vai ser demitida, se não foi uma coisa legal, se não foi mídia técnica. E do jeito que você colocou tem dúbia interpretação. Ou você prevaricou, e o Bolsonaro devia te mandar embora hoje", esbravejou o apresentador.

O programa exibia os trechos da reunião ministerial, realizada em 22 de abril, após a decisão do ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), de acabar com o sigilo do material apontado pelo ex-ministro Sergio Moro como uma das provas de que Jair Bolsonaro teria tentado interferir diretamente na Polícia Federal --e que fez o magistrado pedir demissão do cargo.

No momento, Pedro Guimarães dizia que a Band havia pedido dinheiro à Caixa Econômica, mas não concluiu sua fala sobre a aprovação ou não da verba que a emissora teria solicitado.

"Acho que a gente tá com um problema de narrativa. Hoje de manhã, por exemplo, o pessoal da Band queria dinheiro. O ponto é o seguinte: vai ou não vai dar dinheiro pra Bandeirantes? Ah, não vai dar dinheiro pra Bandeirantes? Passei meia hora levando porrada, mas repliquei", disse o presidente do banco.

Datena perdeu a linha ao vivo. "Agora eu me recuso a fazer qualquer comercial da Caixa e desse governo. Eu me recuso porque eu sou obrigado, por contrato, a ler comerciais aqui. Eu fiz comerciais no passado aqui do governo porque eu sou obrigado a fazer esses comerciais por contrato aqui", disse.

"Recebi R$ 12 mil por ação, eram quatro ações. Então, eu tinha que fazer. Se não, descumpro meu contrato e fiz as ações lá atrás. Teve gente que recebeu R$ 1 milhão, outros R$ 239 mil, R$ 235 mil. Eu fiz por um preço quase que simbólico de R$ 12 mil por ação."

"Agora, sob o risco de perder o meu emprego, estou dizendo aqui que publicamente, desde o começo, eu avisei para o pessoal da Band que não quero fazer essa ação comercial porque eu não quero fazer ação comercial para governo. Eu disse aqui mas, por contrato, fui obrigado a fazer e fiz."

"Então eu tô publicamente dizendo que eu me recuso, diante de saber que tem pessoas dessa qualidade, dessa estirpe, que falam uma coisa ao vivo e em uma reunião ministerial, para aparecer e puxar o saco do presidente. Já que é com esse tipo de gente que nós estamos lidando, eu me recuso a fazer qualquer ação para receber milhões de dólares ou qualquer ação em favor deste governo que eu já vi o tipo de gente que dirige, por exemplo, a Caixa Econômica. Você entendeu?"

"Essa aqui é uma emissora de honra. O cara não pode sujar uma emissora honrada sem explicitar o que aconteceu. Eu tenho certeza absoluta que, se alguém da Band tentou levar o chamado jabá, dinheiro por fora do governo, esse sujeito vai ser colocado na rua e processado pela própria Band. Agora, eu repito, se eu fosse a Band, eu interpelava juridicamente esse cidadão para esclarecer o que ele falou nessa reunião ministerial", disse o apresentador.

Nas redes sociais, os telespectadores da Band reagiram ao piti de Datena ao vivo. Até então, o apresentador vinha elogiando o trabalho de Bolsonaro, inclusive em relação ao posicionamento controverso de acabar com o isolamento social em plena pandemia do novo coronavírus.

Assista aos vídeos em que Datena reagiu de maneira negativa à fala do presidente da Caixa Econômica Federal:

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