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Estratégia

Com Hora 1, Globo projeta madrugada inteira só com jornalismo ao vivo

Zé Paulo Cardeal/TV Globo

Monalisa Perrone no Hora 1: telejornal terá duas horas, mas já está pronto para ser ampliado para três - Zé Paulo Cardeal/TV Globo

Monalisa Perrone no Hora 1: telejornal terá duas horas, mas já está pronto para ser ampliado para três

DANIEL CASTRO

Publicado em 16/7/2018 - 6h19

A ampliação da duração do Hora 1, de uma para duas horas, é o primeiro passo de um projeto muito mais ambicioso da Globo. Na semana passada, a apresentadora Monalisa Perrone fez pilotos em que o telejornal matinal duraria três horas. Seus executivos já projetam um futuro em que toda a madrugada será dominada pelo jornalismo ao vivo.

O investimento na madrugada segue duas premissas: a primeira, de que existe muito público vendo televisão entre a 1h e as 6h; a segunda, de que a TV aberta, diante da concorrência com o streaming, precisa oferecer ao telespectador uma programação mais vibrante, espaço que o jornalismo e o esporte podem ocupar.

A partir de 13 de agosto, o Hora 1 passará a ser veiculado das 4h às 6h. O telejornal, criado no final de 2014 para atender a um público dos que acorda muito cedo, agora vai tentar seduzir também os insones.

Na metade do ano que vem, o telejornal ancorado por Monalisa Perrone deverá entrar no ar ainda mais cedo, às 3h, tomando três horas da grade. As contratações para reforçar a equipe de profissionais já preveem esse crescimento. O Hora 1 já tem um time do tamanho da Redação do Jornal Hoje.

O terceiro salto "expansionista" do Hora 1 deverá ocorrer após a Olimpíada de Tóquio, que, devido ao fuso, transformará as madrugadas brasileiras em horário nobre. Boa parte dos novos editores contratados pelo telejornal são para a área de esportes e, até agora, o principal reforço para o vídeo é o apresentador Thiago Oliveira, que fez sucesso durante a Copa da Rússia e foi efetivado no H1.

Executivos da Globo já vislumbram um dia em que o Hora 1, ou o mesmo jornal com outro nome ou um conjunto de telejornais, ocuparia toda a faixa entre o Jornal da Globo e os telejornais locais das 6h.

Nesse futuro, os filmes e séries da madrugada não terão vez, uma vez que eles podem ser assistidos a qualquer momento na Netflix ou no Now. Nem talk shows como o de Pedro Bial estão garantidos.

Mas como a Globo preencheria tantas horas de programação jornalística em uma faixa em que pouca coisa acontece no Brasil? Simples: com a participação de um supertime de comentaristas, repórteres e correspondentes.

Esse Hora 1, digamos "vitaminado", manteria a característica de atualizar as principais notícias a cada 15 minutos, para atrair e manter telespectadores na Globo. E ofereceria um conteúdo mais analítico e conversado com a interação de especialistas e jornalistas espalhados pelo mundo todo.

Com essa fórmula, que lembra programação de canal pago de notícias, a Globo ofereceria ao público um conteúdo que só ela teria, numa madrugada mais vibrante. Ficaria preparada para a grandes coberturas entre a meia-noite e as 6h, como tragédias e eventos esportivos, e ganharia alguns pontos no Ibope que a afastariam do SBT, que briga pela liderança nessa faixa de horário na Grande São Paulo.

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