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ROGÉRIO DE PAULA

Cinegrafista da Globo é agredido por bolsonaristas ao cobrir prisão de Jefferson

REPRODUÇÃO/TWITTER

Foto de homem caído no chão enquanto outros três homens o acodem

Rogério de Paula da InterTV, afiliada da TV Globo no interior do Rio: agredido na cabeça

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 23/10/2022 - 18h28
Atualizado em 23/10/2022 - 19h38

O cinegrafista Rogério de Paula, da InterTV, afiliada da Globo, foi agredido neste domingo (23) durante a cobertura da prisão de Roberto Jefferson em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. O profissional foi atingido na cabeça, na região em que  passou por uma cirurgia neurológica recente. Ele vai registrar boletim de ocorrência.

Paula, de 59 anos, foi agredido nas proximidades da casa do ex-deputado, que é um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PL) na campanha à reeleição. Ele caiu no chão, sofreu uma convulsão e foi acudido pelo repórter Carlos Miranda. As informações são de Diego Sangermano, do SBT Rio.

Ele foi levado para o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios. Ele passa bem, mas o agressor ainda não foi identificado.

A Globo, em nota, repudia a agressão. “A TV Globo e a InterTV repudiam com veemência a agressão, se solidarizam com o repórter cinematográfico Rogério de Paula, da afiliada, e advertem que todos aqueles que atacam o trabalho da imprensa estimulam esse tipo de ato”, diz.

A agressão foi repudiada por lideranças políticas nas redes sociais. "Meu repúdio a agressão sofrida pelo cinegrafista da Globo nos arredores da casa do membro da campanha de Bolsonaro que atacou os policiais. O bolsonarismo tenta espalhar o ódio e a violência a todo momento. Não podemos mais permitir", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede).

"Isto não pode ficar impune. Bolsonaristas machucaram o cinegrafista da Globo que estava trabalhando, fazendo a cobertura da prisão do criminoso Jefferson. Rogério foi ferido e levado para atendimento em hospital. Polícia Federal deveria ter feito isolamento total da área", acrescentou a deputada Joice Hasselmann (PSBD).

Veja:

Entenda a prisão de Roberto Jefferson

A Polícia Federal foi recebida a tiros ao cumprir mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-deputado descumpriu várias medidas da prisão domiciliar, como receber visitas e conceder entrevistas.

Uma das gotas d’água foi o ataque contra a ministra Cármen Lúcia, que foi classificada como "absolutamente violenta e misógina" pela ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia).

Os policiais foram recebidos com granadas e fuzis, ainda que Jefferson não tenha direito de portar arma de fogo. Bolsonaro repudiou as ofensas à ministra e à ação armada, mas criticou o inquérito do STF --determinando a presença do ministro Anderson Torres, da Justiça, no local.

Confira a repercussão nas redes sociais:


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