ENTREVISTA AO FANTÁSTICO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Isabela Tibcherani concedeu entrevista ao Fantástico neste domingo (22) sobre prisão do pai
Isabela Tibcherani reviveu a tragédia do assassinato de Rafael Miguel (1996-2019), com a prisão do pai, Paulo Cupertino Matias, acusado de ter matado o ator e os pais dele. Em entrevista ao Fantástico neste domingo (22), a jovem de 21 anos explicou que tem encontrado dificuldades para superar o trauma e até para conseguir emprego.
"Ainda existe um peso que as pessoas colocam pelo fato de eu ser filha dele. Não é fácil ser filha de um assassino. Não é fácil de carregar o peso de ter o nome de uma pessoa que cometeu um dos maiores crimes nacionais", desabafou.
"Eu não tenho pai. Acho que para mim seria bom se ele nem existisse. Meu maior objetivo desde então era me reerguer, conseguir trabalhar, tocar minha vida tranquilamente. Mas essa exposição toda me prejudicou bastante. Independentemente de eu ser inocente nessa situação, aceito que as empresas não querem esse tipo de associação, então acabam dispensando", explicou Isabela.
Cupertino foi preso na segunda (16), após passar quase três anos foragido. Ao chegar no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o empresário afirmou que não é culpado pela morte do artista. "Não matei ninguém", declarou.
O Fantástico mostrou os disfarces que o homem usou enquanto fugiu das autoridades. O pai de Isabela liderava a lista dos criminosos mais perigosos do Estado de São Paulo. Cupertino não chegou a procurar a filha em nenhum momento enquanto estava foragido, segundo ela.
"Embora não vá diminuir as dores, a pessoa que causou esse mal todo está presa agora e não vai sair impune. É como se os pesos fossem gradativamente se aliviando na nossa vida. E tenho fé e desejo, não só para mim, mas também para a família do Rafael, que aos poucos as coisas voltem a se acalmar e exista esse senso de justiça", falou a namorada de Rafael.
"Minha força vem de um lugar maior e meu desejo de viver é muito maior ainda. Tenho muita vontade de chegar nos lugares que sonho, de alcançar meus objetivos, e me vejo fazendo isso. É o que me motiva todos os dias", projetou.
Rafael Miguel foi assassinado em 9 de junho de 2019, juntamente com os pais, João Alcisio Miguel e Mirian Selma Miguel. Camilla Miguel, irmã que sobreviveu, ficou aliviada com a prisão: "O sentimento na família, no geral, é de que finalmente alguma justiça pode acontecer".
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