Cantor do Jota Quest tira onda com a pandemia: 'Não está extremamente fácil'

Com a pausa nos shows por conta da pandemia, Rogério Flausino confessa que ainda não se acostumou com a quarentena. Isolado em Nova Lima (MG) com a família, o músico fez um trocadilho com a música Fácil para ressaltar as suas preocupações em entrevista ao RJ1. "Não está extremamente fácil", disparou o vocalista do Jota Quest.

Em videoconferência com o repórter Fábio Júdice, o artista falou sobre a segunda live do grupo, que será transmitida neste sábado (6) a partir das 20h. A apresentação faz parte de uma iniciativa solidária para auxiliar no combate ao coronavírus (Covid-19) no Amazonas, um dos estados mais afetados pela doença.

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"A gente vai recolher donativos e fundos que serão transferidos para a população carente de lá", explicou Flausino, acostumado a viajar o país com o conjunto. "A gente fica muito mais um com os outros do que com nossas famílias. E de repente estamos aqui há três meses. Não está fácil, extremamente fácil", brincou, aos risos.

Ao lado da mulher Ludmila Carvalho, ele tem se dedicado à rotina doméstica e a entreter os herdeiros Miguel e Nina, de quatro e 11 anos. "Eu entrei na dança. Sou ruim de cozinha, mas faço de tudo. Se precisar, estou lá. Os nossos filhos não tiveram o pai no final de semana uma vida inteira e agora já estão até achando estranho. Perguntam se eu não vou viajar", revelou.

Com as horas vagas, ele também está se dedicando ao violão. "Eu não sou um bom violeiro, mas tive que pegar, afinar e fazer um som. Eu sei que depois que passar essa pressão, muita coisa vai brotar", diz ele, que também é apaixonado por discos de vinil.

Flausino aproveitou o tempo livre para organizar a sua coleção. "Coloquei em ordem alfabética. Tenho muita coisa, de muitos estilos. Estou prometendo uma live em que vou ficar só tocando eles, botando música para a rapaziada", disse.

Aflito com a situação do país, ele também tem feito orações para evitar pesadelos. "Já teve de tudo nessa temporada, tem dia que eu durmo bem e, em outros, nada. Quando bate a ansiedade, eu deito a cabeça e faço aquela oração. Amanhã é outro dia", confidenciou o vocal.

O cantor, no entanto, está otimista de que a pandemia passará logo. "A gente vai sair dessa melhor, mas esfolado. Feridas cicatrizam, então é normal a gente sentir essa angústia. Mas vai passar", concluiu Rogério.