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MARCELO FELLER

Caio Coppolla leva desmentido de advogado e promove gritaria em debate na CNN Brasil

REPRODUÇÃO/CNN BRASIL

Marcelo Feller e Caio Coppolla no quadro O Grande Debate desta segunda-feira (13)

Marcelo Feller e Caio Coppolla durante O Grande Debate desta segunda-feira (13); advogado desmentiu bacharel

ERICK MATHEUS NERY

Publicado em 13/7/2020 - 22h47

Caio Coppolla levou um desmentido do advogado Marcelo Feller, novo integrante do quadro O Grande Debate, na CNN Brasil. O bacharel em Direito apresentou um dado no qual dizia que "80% dos brasileiros confiam nas Forças Armadas". Ao vivo, o jurista checou a informação e afirmou que ela não correspondia à verdade, o que revoltou o comentarista, que iniciou uma gritaria.

No programa desta segunda-feira (13), Caio e Marcelo precisavam debater se os "militares devem se envolver em política?". Em seus argumentos iniciais, --quando os participantes não podem ser interrompidos pelos oponentes-- Coppolla deu parecer positivo à pergunta proposta.

"Segundo dados de 2019, do próprio DataFolha, que é um instituto de pesquisa ligado a um grupo de comunicação que faz oposição sistemática ao atual governo, 45% dos brasileiros confiam muito nas Forças Armadas, e outros 35% confiam pouco. Ou seja, 80% da população confia nas Forças Armadas, um recorde absoluto entre as instituições", afirmou o bacharel.

Minutos depois, Feller questionou o dado: "Caio, em primeiro lugar, hoje eu vim municiado de um computador para eu ir jogando as coisas que você coloca. Essa mesma pesquisa do DataFolha que você faz referência, aponta que 52% dos brasileiros são contra a participação de militares no governo".

"Então, ao intencionalmente omitir esse número, dizer que colocar militares no governo seria uma intenção, um agrado aos brasileiros, você se esquece que, nesta mesma pesquisa, [os brasileiros] foram e são contra militares no governo", concluiu o advogado.

"Só para corrigir uma informação que você veiculou ao espectador da CNN, não se trata da mesma pesquisa. Estava me referindo a uma pesquisa de 2019, que foi a última feita com base em confiança nas instituições, e a pesquisa a qual você se referiu é de 2020. Outra metodologia, outra amostragem", justificou Coppolla.

Marcelo também apresentou um estudo feito por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de Cambridge, localizada na Inglaterra, que afirma que o descuprimento das recomedações dos órgãos de saúde feitos pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi responsável por 10% das mortes que ocorreram por causa da doença, argumento que irritou Caio e fez com que o bacharel iniciasse um bate-boca.

"São estudos enviesados. Pelo amor de Deus, Marcelo. É lógico! Um estudo que conclui que uma pessoa é responsável direta pela morte de sete mil pessoas é um estudo enviesado. Isso não é ciência, é opinião", questionou Coppolla. "Opinião é o que você está dando aqui. Caio, eu sei que é um estudo um pouco grande a leitura, tem 36 páginas, mas eu te recomendo a leitura antes de rebater ele", respondeu o advogado, com uma indireta ao oponente.

Debate acalorado

Na última semana, em seu programa de estreia após a saída de Augusto de Arruda Botelho do quadro, Marcelo Feller se mostrou incomodado com o fato de Caio Coppolla não ter estudado a pesquisa que pautou o debate. O comentarista político explicou que fez uma "leitura dinâmica" do texto de 128 páginas, seguido de um riso de deboche.

No programa de hoje, Coppolla disse que o estudo publicado apresentado por Feller era "um achismo travestido de ciência e um verdadeiro absurdo". "Realmente, é um absurdo ouvir um comentarista político, um bacharel em Direito como eu sou, pegar a pesquisa de três economistas de Cambridge e FGV sem ler e chamar essa pesquisa de enviesada", respondeu Feller indignado.

Durante a mediação de Monalisa Perrone, Caio resmungou que "está muito pobre este debate". O advogado escutou a crítica e respondeu em seus argumentos finais: "Caio, com todo o respeito, pobre é não ver o que está acontecendo e de forma quase cega defender isso que está ocorrendo, pelo menos, no Ministério da Saúde".

Confira o debate: 

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