Programação 2018
Reprodução/Band
Márvio Lúcio, o carioca, imita o deputado Jair Bolsonaro em edição do Pânico de outubro
DANIEL CASTRO
Publicado em 15/11/2017 - 18h50
A Band está negociando com o humorista Márvio Lúcio, o Carioca, para ser a estrela do novo programa que irá exibir nas noites de domingo em 2018, no lugar do Pânico, que sai do ar em dezembro. Um dos maiores imitadores do país, Carioca é também um dos principais nomes do Pânico.
As conversas estão ocorrendo de forma discreta, porque a Band ainda negocia a rescisão do contrato com a rádio Jovem Pan, dona do formato do Pânico. O vínculo das duas empresas vai até o início de 2019, mas a Band notificiou a Jovem Pan, no final de outubro, que não exibirá o programa no ano que vem.
Executivos da Band argumentam que o Pânico é um programa muito caro e que, com o formato desgastado, vem perdendo anunciantes. Neste ano, o humorístico viu sua receita publicitária cair 35%. Deve fechar o ano com um rombo de R$ 15 milhões.
A Band já definiu que o programa que irá substituir o Pânico será um humorístico pré-gravado, sem trechos ao vivo, porque isso aumenta os custos. A Márvio Lúcio, 41 anos, acenou com a possibilidade de a atração se chamar Programa do Carioca.
A informação de que a Band quer Carioca estrelando a atração já "vazou" entre integrantes do Pânico, que interpretaram que a emissora quer fazer uma "cópia" da atração. Nesta quarta-feira (15), o diretor do programa, Marcelo Nascimento, publicou no Twitter uma mensagem que foi interpretada como uma indireta.
"Talvez, um dia abrirei uma reunião de pauta [do Pânico] para que um crítico de TV possa assistir. É visceral e emocional. Três, quatro horas de turbulência. Gente criando, discutindo. Não é um programa comum. É gente fora da curva. Copiar ou tentar um novo Pânico? Impossível!", escreveu.
Sem futuro na Band, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, dono da Jovem Pan, tenta salvar o Pânico. Nesta semana, ele teve um novo encontro com Walter Zagari, vice-presidente comercial da Record, que tenta levar o humorístico para a emissora. O problema é que a área artística não vê com bons olhos um programa que mostra traseiro de panicat e faz piada de líderes evangélicos.
Procurada, a Band não confirmou as negociações com Márvio Lúcio.
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