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CRÍTICA

Sweet Tooth: Segunda temporada explora o medo e a inocência, mas perde foco

Divulgação/Netflix

Christian Covery caracterizado como Gus preso em uma gaiola

Gus (Christian Covery) em cena de Sweet Tooth; segunda temporada já estreou na Netflix

Depois de dois anos em que o público aguardava ansiosamente por novos episódios, Sweet Tooth finalmente estreou sua segunda temporada na Netflix. A primeira temporada conquistou a audiência, mas deixou muitas questões em aberto; por isso, esperava-se uma nova leva de capítulos um pouco melhor estruturada do que o segundo ano da produção entregou.

Disponível na íntegra no catálogo da Netflix, a segunda temporada se perde em um enredo arrastado, que poderia ser muito mais dinâmico e bem explorado. Gus (Christian Covery) dá um salto importante na série, tendo seu próprio universo expandido de certa forma, mas alguns deslizes acabaram comprometendo a trama.

Os novos episódios começam em sequência do final que deixou os espectadores tão angustiados. Gus e Wendy (Naledi Murray) estão presos no zoológico sob a ameaça do General Abbott (Neil Sandilands) e se tornam alvo de experimentos do Doutor Singh (Adeel Akhtar). 

É óbvia, porém, a dificuldade em acertar o tom da narrativa. O medo e a inocência são um norte da trama desde o começo, mas a esperança guiada pelo olhar infantil que fazia com que Sweet Tooth fosse uma experiência deliciosa de assistir se perdeu completamente.

As atuações, porém, salvam a temporada de um completo desastre. É inegável o talento de Christian Convery e do elenco que compõe a história das crianças híbridas, em contrapartida aos vilões adultos, que se apoiam em características clichês e demonstram uma dose de instabilidade que os fazem dar a impressão de uma certa inconsistência.

Se antes a fantasia se misturava com o suspense e o lado sombrio de maneira completamente natural, e tornava a série uma atração diferenciada no catálogo da Netflix, os episódios arrastados trouxeram tramas que se confundem entre si e fazem com que Sweet Tooth perca sua magia inicial. 

Não deve ser tão incomum ter a sensação de que o roteiro está enrolando para chegar onde quer --e, no fim, parece que está mesmo. Os momentos mais marcantes, por vezes, sequer se encaixam no que a série se propõe.

Se a história chegar a uma terceira temporada, ela precisará repensar muitos detalhes para voltar a trilhar o mesmo caminho que a tornou uma história tão tocante e emocionante no primeiro ano.

Assista ao trailer da segunda temporada de Sweet Tooth na íntegra:


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