Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

A.D. The Bible Continues

Série baseada na Bíblia imita Game of Thrones; veja cinco semelhanças

Montagem Reprodução NBC/HBO

O ator Juan Pablo di Pace (Jesus) nos pés de Greta Scacchi (Maria) em cena de sequência de A Bíblia - Montagem Reprodução NBC/HBO

O ator Juan Pablo di Pace (Jesus) nos pés de Greta Scacchi (Maria) em cena de sequência de A Bíblia

JOÃO DA PAZ

Publicado em 19/4/2015 - 13h44

Sequência de A Bíblia (2013), a série A.D. The Bible Continues (Depois de Cristo - A Bíblia Continua, literalmente), sobre a perseguição aos cristãos após a crucificação e ressurreição de Jesus, está sendo chamada de "Game of Thrones de Cristo". Um dos produtores da série, Mark Burnett assumiu a "identidade" e disse que a atração é um "encontro entre a série da HBO e o livro A Bíblia”.

O Notícias da TV assistiu aos dois primeiros episódios de A.D. The Bible Continues, exibido nos Estados Unidos pela rede NBC e ainda sem previsão de estreia no Brasil, e listou cinco semelhanças entre as duas atrações. 

Figurino de soldados em série bíblica (à esq.) lembra vestimenta da família Lannister

Figurino

As vestimentas dos atores de Game of Thrones e A Bíblia são tão semelhantes que é possível confundir as duas séries. No drama da HBO, enquanto escravos e gente comum usam roupas simples, os membros das classes mais altas esbanjam luxo. Um elemento a mais na série bíblica é a roupa dos religiosos, rica em detalhes. Nas duas produções, soldados e guerreiros têm armamentos semelhantes, da armadura às espadas. A diferença vem da inspiração: A.D. The Bible Continues tem como base um contexto histórico, o primeiro século depois de Cristo. Já Game of Thrones, embora medieval, é produto da imaginação de George R.R. Martin. 

Crucificação em A.D. (à esq.) é menos chocante do que em Game of Thrones

Crucificação

Como a continuação de A Bíblia é exibida nos Estados Unidos em uma rede de TV de sinal aberto, então as cenas de violência têm de ser mais comedidas, o que não acontece em Game of Thrones. Diferentemente de filmes como A Paixão de Cristo (2004), em que a crucificação é uma das imagens mais chocantes, a série mostra Jesus pregado na cruz de uma forma mais leve, apesar de ter uma tomada semelhante à do filme (a mais comentada): um prego entrando na mão de Jesus.

Em Game of Thrones, na cidade de Astapor, há uma estrada chamada Caminho da Punição, onde escravos e crianças que não obedecem aos respectivos mestres são crucificados. Em Meereen, também há um local para cricificar crianças. Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) testemunhou as duas cenas e, depois de tomar a cidade, ordenou que 163 mestres fossem pregados na cruz, em retaliação ao que fizeram com as crianças. Neste caso, no entanto, é Game of Thrones que imita a Bíblia.

Jodhi May (à esq.), em A.D., e Lena Headey, em Game of Thrones, interpretam mulheres poderosas

Mulheres poderosas

Sem qualquer cargo político oficial, duas mulheres exercem forte poder de influência em Game of Thrones e na série bíblica. Cersei Lannister (Lena Headey) tem como status o fato de ser mãe do atual rei de Westeros, Tommen Baratheon (Dean Charles-Chapman). Isso já é suficiente para ela pôr em prática os planos militares e estratégias governamentais em nome do filho. Ela fazia o mesmo quando outro filho estava no Trono de Ferro, Joffrey (Jack Gleason), e antes dele, no reinado do marido Robert (Mark Addy). 

Na continuação de A Bíblia, a mulher cheia de prestígio é Leah (Jodhi May), companheira do sumo sacerdote Caifás (Richard Coyle). Inteligente e cruel, Leah é a voz que o marido escuta quando está em dúvida. Ela é totalmente a favor da condenação por blasfêmia dada por Caifás a Jesus. Leah trata Cristo pejorativamente e o chama de “nazareno”, e reforça que ele é uma ameaça aos judeus. Curiosamente, Jodhi May está no elenco da quinta temporada de Game of Thrones, como a bruxa Maggy.

Juan Pablo Di Pace como Jesus em A Bíblia (à esq.), e Dean Charles-Chapman, em Game of Thrones

Quem é o rei?

A sequência de A Bíblia começa com o julgamento de Jesus Cristo (Juan Pablo Di Pace) perante o Sinédrio, assembleia religiosa que julga o cumprimento da lei judaica. Caifás, religioso de cargo mais alto do judaísmo naquela época, condena Jesus por blasfêmia, pois ele se proclama o Messias, filho de Deus. Levado para o governador da Judeia, Pôncio Pilatos (Vincent Reagan), Jesus é julgado politicamente, porque também se proclama rei dos judeus.

Assim como em Game of Thrones, há o debate sobre quem de fato tem direito de reinar. Para alguns judeus, Jesus teria de ser um revolucionário e liderar o povo contra a opressão do império romano. Perante Pilatos, Jesus diz que o reino dele não é deste mundo.

A teologia aponta Jesus como o rei de fato de Israel, por ser descendente de Davi, o primeiro rei. Mas os judeus não aceitam essa teoria. Em Game of Thrones, há uma genealogia que deveria ser obedecida para dar o Trono de Ferro, posto de maior comando na série, ao herdeiro certo. Nesse caso, o lugar teria de ser ocupado por um membro da família Targaryen, mas quem está lá é um representante da casa Lannister, um fruto de um incesto.

Cenários de continuação de A Bíblia (à esq.) e Game of Thrones são parecidos

Cenografia

A cenografia de Game of Thrones e da continuação de A Bíblia são tão semelhantes que confundem o telespectador desavisado. As ruas de Jerusalém, na série bíblica. e os caminhos de Porto Real, no drama fantasioso, são identicos. 

Há também semelhança nas cenas internas. A casa de Caifás e o local de trabalho de Pilatos lembram os castelos de Porto Real. A equipe de produção de Game of Thrones procura locais com um visual antigo, de preferência rodeado de ruínas, para gravar os episódios. A ideia é justamente dá um ar épico para as cenas. A quinta temporada, atualmente no ar, teve sets em Belfast (Irlanda) e Sevilha (Espanha).


► Curta o Notícias da TV no Facebook e fique por dentro de tudo na televisão

► Siga o Notícias da TV no Twitter: @danielkastro

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.