Protagonista de Game of Thrones compara machismo com racismo

A atriz britânica Emilia Clarke, um dos principais nomes de Game of Thrones, comparou machismo com racismo ao falar sobre a diferença de tratamento entre homens e mulheres na indústria de Hollywood. "Eu me sinto um pouco ingênua por dizer isso, mas é como lidar com racismo", disse a atriz.

A declaração foi dada para a edição desta quinzena da revista Rolling Stone, ao repercutir algumas situações em que as mulheres passam no mundo do entretenimento, como ter menos falas do que os colegas homens em uma produção na qual os dois são protagonistas ou ter de chegar mais cedo no set de filmagem para se maquiar.

Capa da Rolling Stone com a atriz Emilia Clarke

"Você está ciente disso [o preconceito], mas um dia diz: 'Meu Deus! Isso está em todo lugar'. De repente, você acorda e fala: 'Espera aí, você está me tratando diferente porque eu tenho um par de seios? Isto realmente está acontecendo?'", disparou a atriz. "Demorou um tempo para eu perceber que eu sou tratada de forma diferente, que faz parte do meu dia a dia."

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Vale lembrar, como a revista salienta, que Emilia ganhou fama justamente por aparecer nua em Game of Thrones, principalmente na primeira temporada. E em 2015, ela foi eleita pela revista Esquire a mulher mais sexy do ano.

Para a loira, a Mãe dos Dragões na série, aparecer nua não diminui em nada o seu valor. "Não me impede de ser feminista", acrescentou. "Eu estou maquiada, mas tenho um QI alto. As duas coisas podem conviver juntas."

Em uma briga ferrenha que ocorre em Hollywood, a de igualdade salarial entre atrizes e atores, Emilia está por cima, à frente de tantas outras colegas de profissão preteridas nesta batalha, como Robin Wright, de House of Cards.

Ela e Lena Headey vão receber US$ 1,1 milhão (R$ 3,6 milhões) por episódio pelas duas últimas temporadas de GoT, mesmo valor pago aos protagonistas homens, Nikolaj Coster-Waldau, Kit Harington e Peter Dinklage.

A sétima temporada de Game of Thrones estreia no próximo dia 16, na HBO.