DESTINO?
Divulgação/Netflix
Hugo Bonèmer (à esq.) com Gabriel Leone (à dir.) na série Senna, da Netflix; coincidências
Intérprete de Nelson Piquet na minissérie Senna, da Netflix, o ator Hugo Bonèmer descobriu uma ligação inesperada com o veterano, um fato de seu passado do qual ele sequer se lembrava: antes mesmo de completar um ano de idade, ganhou do pai um carrinho de brinquedo que simulava justamente o veículo usado pelo piloto.
"Eu não tinha nenhuma lembrança de ter esse carrinho. Fui descobrir agora, revendo álbuns de infância. Estava organizando algumas fotos e encontrei. Fiquei impressionado: 'Peraí, isso aqui é o carro do Piquet!'", conta o ator em entrevista ao Notícias da TV. "Até achei que poderia ser do Ayrton Senna [1960-1994], mas pesquisei pela data e era do Piquet mesmo."
De fato, a imagem é datada de março de 1988, quando Bonèmer tinha apenas nove meses, e mostra o bebê Hugo no veículo da Williams, pela qual Piquet correu as temporadas de 1986 e 1987. Senna só se juntaria à escuderia britânica em 1994 --justamente o ano de seu acidente fatal.
Bonèmer compartilhou a imagem de sua infância com a reportagem. Confira:
arquivo pessoal
Bonèmer, com apenas um ano, em carrinho de Piquet
O carrinho é apenas mais coincidência que une Hugo à superprodução da Netflix. Em 2017, ele já tinha interpretado o próprio Senna em um musical sobre o piloto. Agora, passou o bastão para Gabriel Leone, com quem havia contracenado em Malhação (2013) e no filme Minha Fama de Mau (2019).
Curiosamente, ele assume que não tinha nenhuma lembrança de ver Ayrton nas pistas, já que era muito novo na época. "Só lembro do meu pai chorando no dia que ele morreu, e eu não entendia o porquê. Aí, ele me perguntou por que eu não estava chorando, falou que o Senna tinha morrido, então eu chorei."
Todo o elenco de Senna tem sido muito elogiado por causa da semelhança física e nos maneirismos com os personagens reais que interpretam. Hugo Bonèmer ganhou peruca e até sobrancelhas falsas para se transformar em Piquet. Mas ele não se apoiou apenas na caracterização de Martín Macías Trujillo para construir sua versão do piloto.
"Tem ator que gosta de se ver pronto, mas o meu processo é um pouco diferente. Eu até gosto de saber que estou caracterizado, mas não me vejo e preciso esquecer que estou sendo visto também. Meu processo é muito mais interno, a caracterização é mais uma segurança de como eu serei visto", diz.
É algo muito diferente do que o ator havia vivido em 2019, quando participou do Show dos Famosos. "Ali, o desafio era outro, porque era sobre a caracterização e a voz. Eu descobri que, quanto menos eu trouxesse para o quadro, melhor seria. No Senna, tem uma história para contar junto", compara.
Com cerca de um minuto de tela, Bonèmer admite que se surpreendeu com os elogios que tem recebido pela série lançada na última sexta (29). "Eu estava ansioso por essa validação, e agradeço muito o retorno. O trabalho e o esmero foram tantos, foi tudo feito com muita paixão", entrega.
"Estão elogiando muito a tensão no ar. E o ator não tem controle sobre a montagem da série, né? Se, nos momentos que as pessoas olham pro personagem, elas conseguem perceber a construção, esse é o maior elogio que eu poderia receber", arremata o ator.
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