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RIO HEROES

Lutadores dão até o olho em nome da honra em nova série brasileira

Fotos: Divulgação/Fox Premium

Murilo Rosa interpreta o lutador Jorge Pereira na série Rio Heroes, que estreia hoje (24) - Fotos: Divulgação/Fox Premium

Murilo Rosa interpreta o lutador Jorge Pereira na série Rio Heroes, que estreia hoje (24)

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 24/2/2018 - 6h27

A série Rio Heroes, que estreia neste sábado (24) no Fox Premium 2, não foi feita para fracos. Sob o pretexto de manter a honra, lutadores se enfrentam em combates intensos, sem regras, em um torneio de vale-tudo em que, de fato, vale tudo. O protagonista Jorge Pereira (Murilo Rosa) chega a perder a visão de um olho para não fugir de uma luta.

"Olhos eu tenho dois, mas honra é só uma", informa o lutador, que dispara frases de efeito no primeiro episódio. O mais impressionante é que a história violenta é baseada em fatos reais: em 2007, Pereira criou um torneio chamado Rio Heroes, em que brasileiros trocavam socos e chutes sem intervalo de tempo, sem rounds e "sem chapéu de lantejoula".

Pereira, seja o real ou o da ficção, é um purista das artes marciais, professor de jiu-jítsu que se revolta ao ver o MMA virar um esporte repleto de regras e firulas. Numa luta de verdade, ele avisa aos seus alunos, não há um intervalo a cada cinco minutos para que o combatente receba massagem, pomada cicatrizante e gelo.

Lutadores se enfrentam em vale-tudo sem regra em cena da série Rio Heroes, do Fox Premium

O primeiro episódio de Rio Heroes, dos cinco que compõem a temporada de estreia, mostra justamente o processo de revolta do lutador com o crescimento do UFC até que ele recebe uma proposta para criar o Rio Heroes, transmitido em esquema de pay-per-view em um site de esportes extremos nos Estados Unidos _onde a luta sem regras era proibida, mas as apostas estavam liberadas.

O nome Rio Heroes, sugerido por um empresário norte-americano (vivido por Charles Paraventi), era um trocadilho de Real Heroes (heróis de verdade) com a cidade do Rio de Janeiro, cartão-postal do Brasil no exterior.

Mas os combates ocorriam mesmo em Osasco, na Grande São Paulo _Osasco Heroes, todos terão de concordar, não é um nome com tanto apelo para o mercado estrangeiro (ou mesmo para o nacional).

Segundo Pereira, a violência do combate sem regras não é gratuita, mas uma questão de honra. "Só dá valor quem sente dor", declama ele, como um poeta, aos alunos. "Está na hora de alguém honrar a luta verdadeira de novo", continua.

Parte do treinamento de seus alunos, porém, passa longe da honra: eles invadem academias rivais para provocar brigas com outros lutadores.

Em um momento do episódio, Pereira toca a campainha de um ginásio e diz que "é do delivery". "Delivery de quê?", questiona o interlocutor. "Delivery de porrada!", grita ele, invadindo o espaço com os seus estudantes. 

Priscila Fantin também vai para o combate intenso em Rio Heroes na pele da lutadora Pity

As cenas de luta são bem coreografadas e ganham um aspecto menos improvisado do que o do torneio real (cenas de arquivo mostram como era o Rio Heroes de verdade). Mas a violência romantizada pode incomodar quem prefere a paz.

Coprodução da Fox com a NBCUniversal e a Mixer, Rio Heroes tem no elenco André Ramiro (Basílio, melhor amigo de Jorge), Duda Nagle (Rogerinho, braço direito do treinador), Luiz Guilherme (Galdino, mentor e dono da academia) e Rafael Losso (Eric, filho de Galdino que tem ciúme de Pereira). Priscila Fantin, que interpreta a lutadora Pity, não aparece no primeiro episódio.

Depois da exibição do primeiro episódio na TV, a temporada completa estará disponível tanto no aplicativo da Fox quanto no Now, serviço de vídeo sob demanda para clientes da Net e da Claro TV.

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