Lembra dele?
Divulgação/NBC
O ator Erik Estrada em registro clássico como o policial Frank Poncherello na série CHiPS
JOÃO DA PAZ
Publicado em 14/9/2017 - 6h11
O ator Erik Estrada concretizou na vida real seu papel na ficção. Conhecido por viver um guarda rodoviário na série CHiPs (1977-1983), que completa 40 anos nesta sexta-feira (15), ele atualmente trabalha como policial e integra uma equipe que combate a pedofilia na internet. Aos 68 anos, o galã dos anos 1970 mantém a boa pinta e a disposição.
Estrada faz parte da força-tarefa Internet Crimes Against Children (Crimes da Internet Contra Crianças, em tradução livre), coordenada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Ele dá palestras em escolas e explica a crianças como fugir de predadores sexuais que atacam online. Os pais e professores também são instruídos sobre a melhor forma de auxiliar os alunos e filhos a não caírem em armadilhas. Ele atua nessa área há 13 anos.
O ator é idolatrado pelas forças policiais e, vez ou outra, ele recebe uma condecoração ou até mesmo um cargo oficial. Em 2009, Estrada ganhou a função de capitão do prefeito de Bedford, cidade localizada no Estado da Virginia.
No ano passado, ele levou seus fãs ao delírio após postar uma foto no Twitter fardado ao lado de uma Harley-Davidson. Era o registro da sua nova função: agente da reserva da polícia de St. Anthony, no Estado de Idaho.
Ele também participa ativamente de eventos da CHP (Patrulha Rodoviária da Califórnia), desde a graduação de novos integrantes até palestras em conferências. Os policiais da CHP inspiraram a série CHiPs.
Sedução latina
Porto-riquenho, Estrada entrou em CHiPs com 28 anos e logo se tornou sensação na TV por viver o policial descompromissado Frank "Ponch" Poncherello. Ao lado do parceiro Jon Baker (Larry Wilcox), o personagem patrulhava as rodovias californianas. Dois anos após a estreia da atração, Estrada cravou um espaço na lista dos dez solteiros mais cobiçados do mundo, feita pela revista People.
Fotos suas sem camisa povoaram as revistas da época. e até hoje ele surfa nessa onda. Em seu site oficial, há um espaço somente para essas imagens.
A fama conquistada em seis temporadas de CHiPs não foi desperdiçada pelo ator. Assim que a série acabou, Estrada se manteve na ativa, intercalando participações em filmes e séries. Seu grande desafio veio em 1993, em um convite da Televisa, grupo de mídia mexicano, para fazer uma novela.
Estrada, porém, não tinha fluência em espanhol e fez uso do ponto eletrônico para produzir suas falas. Chamado de Dos Mujeres, Un Camino (Duas Mulheres, Um Caminho), o folhetim mostrou as aventuras amorosas do caminhoneiro Juan "Johnny" Daniel Villegas (Estrada), que dividia seu amor entre sua mulher e uma garçonete, sua amante.
Como era uma aposta meio arriscada, a novela foi programada para durar cerca de três meses. Mas o sucesso foi tanto que a trama foi esticada e teve ao todo 365 capítulos, espalhados em quase um ano _em alguns dias, eram veiculados dois capítulos.
A produção só acabou porque Estrada não aguentava mais a rotina puxada de trabalho. Até hoje, a novela é lembrada como uma das maiores audiências da história da teledramaturgia mexicana.
reprodução
Erik Estrada em entrevista na estreia do filme CHiPs, inspirado na série homônima, em março
Desvio de rota
Em março deste ano, a Warner Bros. lançou um filme inspirado em CHiPs. O longa demorou dois anos para ser feito e teve a estreia antecipada em cinco meses _seria em agosto, mais próximo do aniversário de 40 anos da série.
Duramente criticada pela imprensa, a produção recebeu nota 28 de 100 no Metacritic, e a bilheteria no mundo todo pagou o projeto por muito pouco. O custo do filme foi de US$ 25 milhões (R$ 78 milhões). A arrecadação mundial está na casa dos US$ 26 millhões (R$ 81 milhões).
A série CHiPS foi exibida no Brasil em horário nobre, pela TVS (atual SBT), entre 1979 e 1982, e pela Record em meados dos anos 1980. A atração também fez parte da programação da Band, da Manchete e do canal pago TCM.
A popularidade foi tamanha que houve um boom de bebês nascidos nos anos 1980 chamados Erik. E as motocicletas de brinquedo, assim como os bonecos dos personagens, eram itens desejados pelas crianças.
Para matar a saudade, veja a vinheta de abertura da série:
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