ESTREIA HOJE
Divulgação/Apple TV+
Joaquín Cosio, Diego Calva, Sergio Bautista e Renata Vaca são os astros de Família da Meia-Noite
O audiovisual dos Estados Unidos espalhou com sucesso pelo mundo dramas hospitalares como Plantão Médico (1994-2009), Dr. House (2004-2012), Chicago Med e Grey's Anatomy. A série mexicana Família da Meia-Noite, que estreia nesta quarta-feira (25) no Apple TV+, pega a receita testada e aprovada do gênero e adiciona um tempero latino.
"É claro que temos muitas referências de atrações dos Estados Unidos que duram 20 anos ou mais. Já existe uma fórmula que funciona, que as pessoas do mundo todo amam ver", explica a diretora e showrunner Natalia Beristain em entrevista exclusiva ao Notícias da TV.
"Para nós, foi uma coisa do tipo: 'Tudo bem, o que podemos pegar dessa fórmula?'. Sem copiá-la, apenas extraindo as coisas que achávamos que poderiam funcionar na nossa série, que é tão latina. Família da Meia-Noite é situada na Cidade do México, então tem que ser mais específica."
Um elemento essencial para dar essa latinidade à série? A família. Os protagonistas da história compartilham o mesmo sangue --afinal, nada é mais latino do que a convivência com seus pais e irmãos. "Desde o início, estava muito claro para nós que a família era o núcleo da história", diz Natalia.
Assim, a jovem Marigaby (Renata Vaca, de Jogos Mortais 10) precisa se dividir entre o curso de Medicina durante o dia e as noites que passa na ambulância particular de sua família --na Grande Cidade do México, cerca de 100 veículos hospitalares são disponibilizados pelo governo para atender a uma população de mais de 10 milhões de pessoas. Muitas pessoas viram nessa carência uma oportunidade e passaram a operar os próprios resgates; quem chegar primeiro às vítimas ganha o direito de transportá-las --e de cobrar por isso.
É assim com o pai de Marigaby, Ramón (Joaquín Cosio, de 007 - Quantum of Solace), que ensina o ofício para os três filhos --além da mocinha, também trabalham na ambulância Marcus (Diego Calva, indicado ao Globo de Ouro por Babilônia) e o pequeno Julito (o novato Sergio Bautista, revelação da série).
Como em Grey's Anatomy, o lado profissional dos personagens se mistura o tempo todo com a vida pessoal. Marigaby, uma Meredith Grey mexicana, se vê em um triângulo amoroso complicado com um colega de faculdade e um professor --um dos vértices é bem conhecido do público brasileiro: Bernardo é vivido por Itzan Escamilla, o Samuel do fenômeno Elite (2018-2024).
Ramón tem uma relação complicada com a ex-mulher, que o abandonou com os filhos para criar sozinho e foi atrás de viver seus sonhos. Ele também tem um problema no coração, como uma bomba-relógio prestes a explodir e que constrói a tensão no decorrer da série.
Já Marcus vive entre o amor e o ódio com a namorada, Cris (Mariana Gómez, de La Reina del Flow), e Julito precisa lidar com segredos grandes demais para alguém tão jovem --tudo isso enquanto encara, todas as noites, a mortalidade humana e dramas que vão de incêndios a um terremoto.
Como diretora do primeiro episódio, Natalia Beristain pôde desenvolver a linguagem visual de Família da Meia-Noite --oportunidade que ela não havia recebido em seus trabalhos anteriores, nos quais apenas comandou capítulos do meio da história e toda a identidade já tinha sido construída.
Uma de suas decisões foi manter a câmera quase que em movimento constante, girando em torno dos personagens e dos cenários. É uma maneira de transmitir ao telespectador o senso de urgência de quem trabalha em ambulâncias e sabe que qualquer deslize pode levar à morte.
"Foi um aprendizado e um privilégio. Eu sempre fui convidada para dirigir, então começava já com tudo definido. Tem um lado positivo nisso, porque você chega, grava e vai embora para o próximo projeto. Família da Meia-Noite me deu muito trabalho, foram mais de dois anos desde que começamos até a entrega do último episódio. Mas eu olho para o resultado final e falo: 'Uau, essa série é minha'. Minha e de toda a equipe, claro", aponta a showrunner.
"Tenho muito orgulho de poder contar essa história, de mostrar para o mundo esse México de verdade, o México dos mexicanos, com a nossa visão, e não a de algum estrangeiro. É esse México onde vivemos, o México que nós amamos e odiamos ao mesmo tempo, o México que é nosso. E acho que isso não acontece com tanta frequência na TV", conclui Natalia.
Os dois primeiros episódios de Família da Meia-Noite chegam no Apple TV+ nesta quarta (25), com um novo capítulo sendo adicionado ao catálogo toda semana --são dez, no total. Confira o trailer do drama médico:
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