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Análise

Estranho e instigante: Vale a pena ver The Circle Brasil, novo reality da Netflix?

Reprodução/Netflix

A participante Lorayne Oliver, do The Circle Brasil, sentada no sofá, com olhar pensativo e uma caneta na boca

A participante Lorayne Oliver faz parte do elenco do The Circle Brasil, novo reality show da Netflix

FERNANDA LOPES

Publicado em 12/3/2020 - 5h11

Nada de grandes estreias de séries: em 2020, a Netflix tem se destacado com o público brasileiro pela repercussão de seus reality shows. Na quarta-feira (11), estreou a primeira temporada do The Circle Brasil, versão nacional do reality britânico. O formato é, ao mesmo tempo, estranho, confuso e inovador; e já tem gerado bastante repercussão. Por que o The Circle Brasil tem chance de ser um sucesso?

A dinâmica do The Circle é um pouco difícil de ser explicada para quem nunca se arriscou a ver. A princípio, nove participantes são confinados em um prédio (que fica em Manchester, na Inglaterra), cada um em um apartamento individual. Eles só podem se comunicar pelo Circle, uma rede social exclusiva do programa, conectada em vários computadores pelos ambientes.

Eles podem criar seus perfis, mostrando suas verdadeiras personalidades e aparências ou criando fakes. Parte da dinâmica entre os participantes é desconfiar, pelas fotos e papos, sobre quem é de verdade e quem é de mentira.

Na rede social, eles conversam em grupo ou em chats privativos, fuçam os perfis uns dos outros e fazem comentários em voz alta. A apresentação é de Giovanna Ewbank, que na verdade só interage com os participantes no episódio final. Até lá, a voz dela aparece em off, com comentários artificiais e tiradas fracas.

O objetivo é ser o mais popular na rede social. A cada dia, os participantes são avaliados pelos colegas, e os mais bem colocados no ranking são coroados como influenciadores e têm o poder de eliminar uma pessoa.

Só que o jogo fica mais complicado com a entrada de mais pessoas. Há dias em que um sai e outro entra, ninguém sai e dois entram, participantes entram em dupla... As regras do formato não são claras.

Apesar de esquisito, o The Circle Brasil é bastante inovador e contemporâneo, no sentido de que hoje grande parte da comunicação e do surgimento de novos relacionamentos acontecem por meio de redes sociais, entre pessoas de todas as idades. 

reprodução/netflix

O participante Rob Vulcan, que finge ser uma mulher em seu perfil no The Circle Brasil

Além de um formato instigante, o que realmente fortalece um reality show é a escolha de um bom elenco, que cria dramas, boas interações e gera conteúdo sem parar. E isso o The Circle tem de sobra.

A versão brasileira, aliás, "se inspira" quase que exatamente nos mesmos estereótipos de participantes da versão norte-americana (que estreou em 1º de janeiro deste ano). Há a garota descolada, a modelo que parece fake, os rapazes com muita massa muscular e pouca massa cerebral, o nerd... Até as interações entre eles se desenham da mesma forma.

O diferencial é que, no reality brasileiro, há muitas referências a memes e a gírias daqui, o que pode ajudar a fisgar o público jovem que acompanha muito mais a Netflix do que a programação tradicional da TV aberta.

Se decidir dar o play no The Circle Brasil, não espere nenhuma grande obra da TV. Por enquanto, a plataforma disponibilizou os quatro primeiros episódios, de uma hora cada --serão 12 no total.

É um tempo considerável a se gastar num programa como esse, mas vale a pena para quem busca um entretenimento simples, curioso e até que divertido.

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