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Novas velhas séries

De MacGyver a série da Globo: TV aberta dos EUA apela para reciclagens

Reprodução/Fox

O ex-Rebelde Alfonso Herrera interpreta um padre na série O Exorcista, nova atração da Fox - Reprodução/Fox

O ex-Rebelde Alfonso Herrera interpreta um padre na série O Exorcista, nova atração da Fox

JOÃO DA PAZ

Publicado em 21/5/2016 - 8h23

As cinco redes abertas dos Estados Unidos apresentaram nesta semana suas novidades para a temporada 2016-2017, que começa em setembro. Uma coisa é certa: o telespectador pode esperar uma enxurrada de atrações inspiradas em outras séries ou baseadas em filmes. Das 44 novas séries da ABC, Fox, NBC, CBS e The CW, 11 são reciclagens de outras produções. Entre elas, estão uma repaginada em MacGyver, sucesso na década de 1980, a continuação de Prison Break, a nova 24 Horas e uma adaptação do filme O Exorcista, de 1973, que terá Alfonso Herrera (Sense8, Rebelde) e Geena Davis (Thelma & Louise) como protagonistas.

Até uma atração brasileira faz parte dos remixes. Como Aproveitar o Fim do Mundo, série de oito episódios da Globo, em 2012, servirá de base para No Tomorrow, da The CW. A premissa da história da série norte-americana é a mesma da trama estrelada por Danton Mello e Alinne Moraes, com textgo de Alexandre Machado e Fernanda Young. Um homem com uma lista de tarefas a cumprir antes do fim do mundo iminente. Ele decide viver como se não houvesse amanhã e cruza com uma mulher toda certinha, que evita correr riscos. No Tomorrow é uma grande aposta da The CW, agendada para ir ao ar logo após Flash, maior audiência da rede.

ALEX carvalho

Alinne Moraes e Danton Mello em Como Aproveitar o Fim do Mundo, que terá versão nos EUA

Filhotes e adaptações

Haverá duas séries derivadas de atrações populares, ambas da NBC. The Blacklist ganhará um spin off chamado Redemption, com os personagens Tom Keen (Ryan Eggold) e Scottie Hargrave (Famke Janssen). E vem aí mais um drama ambientado em Chicago. Depois dos bombeiros de Chicago Fire, dos detetives e policiais de Chicago P.D. e dos médicos de Chicago Med, agora é a vez dos advogados entrarem em cena no drama Chicago Justice.

A lista de séries baseadas em filmes é extensa. Sucessos como Um Século em 43 Minutos (1979) e Máquina Mortífera (1987) terão suas histórias adaptadas para a TV. Assim como Alta Frequência (2000) e Busca Implacável (2008). 

A presidente de entretenimento da NBC, Jennifer Salke, justifica a avalanche de produções recicladas: "Em um mundo com infinitas possibilidades, se o remake ou spin off certo surgir, não há porque não tocar o projeto para frente. A noção que o público tem sobre determinada grife faz com que o lançamento e venda [do produto] seja mais fácil".

divulgação/fox

Corey Hawkins na nova 24 Horas; ator tem a tarefa de "substituir"Jack Bauer na icônica série

Caça ao hit

Nas últimas duas temporadas, as TVs abertas conseguiram emplacar apenas dois grandes hits: Empire em 2015 (Fox) e Blindspot em 2016 (NBC). Mas ainda falta aquele grande projeto arrebatador que quebre o domínio dos canais fechados e dos serviços de vídeo por streaming no principal palco da TV, o Emmy.

Faz quatro anos que uma TV aberta sequer recebe uma indicação ao Emmy de melhor drama. A última vez que isso ocorreu foi na premiação de 2011, com The Good Wife (CBS) e Friday Night Lights (NBC) _esta, inclusive, baseada em um filme homônimo de 2004. E a vitória mais recente de uma série dramática de TV aberta no Emmy foi em 2006, com 24 Horas (Fox), atração que ganhará neste ano uma nova roupagem, sem o lendário Jack Bauer (Kiefer Sutherland). O ator Corey Hawkins, de Straight Outta Compton (2015), será o protagonista da intitulada 24: Legacy.


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