Casual
Divulgação/Hulu
Os atores Tommy Dewey, Tara Lynne Barr e Michaela Watkins em imagem da série Casual
JOÃO DA PAZ
Publicado em 2/12/2017 - 6h46
A era dos aplicativos de namoro bagunçou os relacionamentos amorosos, cada vez mais descartáveis. A série Casual explora esse mundo ao retratar as aventuras de solteiros à caça de uma companhia. Entre os personagens, há uma adolescente que toma anticoncepcional desde os 12 anos, uma divorciada à beira dos 40 com vida sexual ativa e um barbudo gênio da computação que adultera um site de paquera para se dar bem.
Esses três pontos de vista da comédia, com generosas pitadas de drama, mostram como vivem e o que fazem os solteiros na metade da década de 2010. O malandro da história é Alex (Tommy Dewey), cofundador do popular site de relacionamentos Snooger. Mas, enquanto milhares de pessoas encontram pares para encontros na ferramenta, Alex não consegue "dar match" com ninguém. Por isso, ele adultera os códigos do site a seu favor.
Alex abre as portas da casa onde mora para a irmã, Valerie (Michaela Watkins). A terapeuta decidiu acabar com o casamento após descobrir a traição do marido com uma mulher bem mais nova. Alex não serve apenas como anfitrião, também incentiva Valerie a entrar nos sites de paquera e aproveitar a vida sexual na meia-idade.
Com Valerie, chega a filha adolescente, Laura (Tara Lynne Barr), uma estudante que experimenta sair com meninos e meninas. Sem apelação, Casual mostra como ela transita entra ter relações hétero e homossexuais. Há ainda aquela tradicional paixonite da estudante por um professor da escola.
Às vezes, Casual parece um drama familiar, em um núcleo formado por integrantes nada ortodoxos. Em outros momentos, a série diverte sem contar piadas forçadas, simplesmente por colocar seus personagens em situações cômicas. O bom humor de Alex, Valerie e Laura surge naturalmente.
Lançada nos Estados Unidos em 2015, Casual foi muito bem recebida pela crítica norte-americana. A produção da plataforma Hulu (a mesma da vencedora do Emmy The Handmaid’s Tale) teve uma avaliação positiva da revista The Hollywood Reporter: "É um deleite assisti-la". Já o Los Angeles Times ressaltou o equilíbrio da trama: "Madura e real, mas não muito cruel. Humana, mas não muito sentimental."
Com centenas de séries por aí, é fácil para o telespectador tratá-las como se estivesse no Tinder: descarte após o mínimo de desconforto. Mas Casual merece uma chance por ser mais do que um divertimento de uma noite só. É digna de um relacionamento sério.
Indicada ao Globo de Ouro de 2016, a primeira temporada de Casual está completa no catálogo da plataforma Crackle desde a última sexta (1º).
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