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Balanço

Big Bang 'imortal' e Walking Dead em alerta: como foi a temporada de séries

Divulgação/CBS

Os atores Mayim Bialik e Jim Parsons em imagem da décima temporada de Big Bang Theory - Divulgação/CBS

Os atores Mayim Bialik e Jim Parsons em imagem da décima temporada de Big Bang Theory

JOÃO DA PAZ

Publicado em 31/5/2017 - 5h12

A principal temporada de séries dos Estados Unidos, iniciada em setembro, termina oficialmente nesta quarta-feira (31) com um saldo de 71 cancelamentos e 151 renovações.

Das grandes audiências, The Big Bang Theory sai como vencedora. Continua na liderança, ganhou mais duas temporadas e um spin-off. Já The Walking Dead terminou em sinal de alerta. Teve a pior média de audiência em três anos.

A Netflix sofreu um choque de realidade e foi obrigada, pela primeira vez, a cancelar produções caras e mal avaliadas. E viu Punho de Ferro, um de seus maiores investimentos, sofrer linchamento do público e da crítica.

A seguir, um balanço da temporada.

divulgação/cbs

Kunal Nayyar e Kaley Cuoco em Big Bang; mais temporadas da comédia líder? Por que não?

Big Bang 'imortal'
A comédia nerd terminou a décima temporada com força total: é primeiro lugar em audiência nos Estados Unidos entre o público adulto (de 18 a 49 anos, faixa que mais interessa aos anunciantes) e no ranking geral. O sucesso arrebatador fez a rede CBS renovar Big Bang por mais duas temporadas, que não devem ser as últimas, e encomendar uma atração derivada, que contará a infância de Sheldon Cooper (Jim Parsons). Ou seja, a franquia não tem data para acabar.

divulgação/amc

Walking Dead, estrelada por Andrew Lincoln, teve uma audiência ruim na sétima temporada

Decadência zumbi
O drama do canal AMC ainda é um dos mais vistos da TV, mas teve uma sétima temporada de qualidade inferior, arrastada e com pouca ação (que é quase tudo o que tem a oferecer). Isso se refletiu na audiência: a média de telespectadores foi a menor desde 2013 e, em comparação com a sexta temporada, caiu 14%. O recado dado pelo público é claro: a enfadonha trama que caminha a passos lentos não será engolida. A conferir como será o oitavo ano.

reprodução/netflix

A raiva de Finn Jones em Punho de Ferro simboliza o que o público sentiu ao ver a série

Choque de realidade
Após quatro anos lançando e renovando produções, a Netflix teve de cancelar, em um período de cinco meses, dois projetos ambiciosos e caríssimos: Marco Polo e The Get Down; só Marco Polo deu um prejuízo de US$ 200 milhões (R$ 652 milhões) para a empresa. Outro fiasco foi o lançamento de Punho de Ferro, sua quarta série de heróis da Marvel. A crítica e o público não pouparam palavras para detonar a série, considerada uma das piores já feitas pela plataforma de vídeo por streaming.

divulgação/fox

Máquina Mortífera mostrou o bom entrosamento de Clayne Crawford (à esq) e Damon Wayans

Mortífera e destruidora
Em meio a tantas séries baseadas em filmes de renome que fracassaram nos últimos anos, como Minority Report (2015) e Limitless (2015-2016), Máquina Mortífera conseguiu sobressair. Inspirada na famosa franquia homônima do cinema, a atração agradou aos telespectadores dos Estados Unidos, fisgados pela ótima química dos protagonistas Damon Wayans e Clayne Crawford. Durante a primeira temporada, a série ganhou cinco episódios a mais do que o encomendado previamente e foi renovada. Entre as novatas, fechou a temporada como a terceira colocada em audiência. 

Divulgação/THE cw

O ator Grant Gustin como Flash na série homônima; atração com super-herói mais vista da TV

Sinal amarelo
Série de herói mais vista da TV, ao lado de Gotham, Flash vai entrar na quarta temporada em sinal de atenção. O terceiro ano enrolou o telespectador com um roteiro sem qualquer surpresa e empolgação.

A eletrizante How to Get Away with Murder também precisa se mexer. Ver o show de atuação de Viola Davis já não é suficiente para chamar a atenção do público: o drama da Shonda Rhimes acabou a temporada como o 44º programa mais visto da TV norte-americana, atrás até mesmo de Chicago Justice e Pure Genius, ambas canceladas no ano de estreia.

divulgação/hbo

O brasileiro Rodrigo Santoro faz parte do elenco de Westworld, sucesso da HBO em 2016

Sucessos
Após atrasos na produção, a HBO finalmente estreou Westworld, e as expectativas foram correspondidas. Apesar de confusa, a série movimentou a internet com as teorias mais malucas e ganhou o carinho da imprensa. O canal pago também emplacou outro sucesso em 2017: a minissérie Big Little Lies.

A Hulu entrou de vez no grande mercado de séries com a provocante The Handmaid’s Tale, e a Netflix ganhou seu primeiro Globo de Ouro, na categoria melhor série dramática, com a excelente The Crown, e deu o que falar com a controversa 13 Reasons Why.

divulgação/fox

Terrence Howard e Taraji P. Henson em Empire; série sensação perdeu um terço da audiência

Fracassos
Nenhuma série da TV norte-americana perdeu tanta audiência quanto Empire. A sensação de 2015, que chegou a concorrer ao Globo de Ouro, perdeu 33% do público em comparação com o ano passado. O excesso de reviravoltas novelescas na trama cansou os telespectadores.

Entre os fiascos da temporada, também estão o novo 24 Horas (flop do ano), a mal executada Powerless, baseada em quadrinhos da DC Comics, e The Catch (série de Shonda Rhimes cancelada no segundo ano).

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