Após dez anos, criador de Vikings revela medo ao lançar série: 'Estavam nervosos'

Em 2023, Vikings completa dez anos. Produzida pela MGM Television e exibida originalmente pelo canal History, a série se tornou um fenômeno mundial e durou seis temporadas. O sucesso inesperado foi um alívio para Michael Hirst, criador da produção. Com um orçamento limitado e pouco apoio publicitário, o roteirista temia o fracasso da atração.

O contexto em que Vikings foi anunciado trazia uma série de probabilidades pessimistas para Hirst. Na ocasião, o estúdio MGM estava se recuperando de uma falência. Além disso, o History não tinha experiência com a transmissão de produções dramáticas em sua programação. 

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O histórico negativo dos envolvidos na série ainda dificultou a captação de recursos publicitários para a obra. Para tentar conquistar a audiência, a primeira temporada de Vikings chegou a ser anunciada nos intervalos do Super Bowl --o que custou grande parte do orçamento disponível.

Em um evento para imprensa que contou com a participação do Notícias da TV, o roteirista deu detalhes sobre algumas aflições que sentiu antes da estreia do programa. "Vikings foi o primeiro drama da MGM. History nunca havia exibido uma série dramática extensa e estavam muito nervosos de trabalhar com a gente", relembra. "Tivemos um início bem modesto".

"A série foi anunciada no Super Bowl, e eu não fiquei contente porque nos custou quase todo orçamento publicitário no jogo. Não tínhamos as vantagens ou as desvantagens de ter muito apoio. Nos deixaram sozinhos com a série. Eu e a produção ficamos responsáveis de entregar um bom programa", completa.

A razão do sucesso

Com a presença de alguns protagonistas da série, como Katheryn Winnick e Alexander Ludwig, Hirst participou do evento como um pai orgulhoso. Questionado sobre o motivo pelo qual Vikings conquistou um grande público, o roteirista foi breve em sua resposta: "Porque a série é boa".

Ao decorrer do tempo, vikings foram descritos como "demônios do Norte". Para combater o senso comum, Hirst mergulhou em livros, poesias e materiais que levassem ao público uma compreensão humanizada das figuras históricas.

"É um drama maravilhoso, muito poderoso", continua. "Talvez as pessoas pensassem que Vikings era um show de violência, mas não. Por isso foi tão importante, por isso tantas pessoas gostaram, porque quebrou expectativas. Quem diria que Vikings poderia ser algo tão humano?"

Se analisarmos somente os vikings, talvez pensemos em brutalidade, matanças. Eles sempre foram considerados como forças escuras que chegam de noite e roubam propriedades, violam as mulheres, simplesmente pessoas más. Eu os analisei como seres humanos, e não como emblemas do mal e da destruição. Eram pessoas que reconhecíamos, que podíamos entender e com quem tínhamos empatia.

O ator Clive Standen debateu sobre a humanização dos personagens da série. Na produção, o artista interpreta Rollo, um vilão que os fãs amam odiar. "Todos querem se encaixar. Se não podem ser amados, querem ser admirados, Se não são admirados, querem ser temidos. Se não são temidos, são odiados", cita.

O ator explica que Rollo está em busca de seu próprio rumo e luta para sair da sombra do irmão. "Ele queria sair da sombra, mas quando saía, não tinha sol", detalha. "Ele comete erros tremendos, mas sempre tenta melhoras. Ele quer que alguém veja seu valor e que possa lhe dar amor".

Os episódios de Vikings serão transmitidos pelo canal History 2 a partir de 6 de março, de segunda a sexta, às 22h. A série acompanha Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel), o maior guerreiro da sua era. Líder de seu bando, ele ascende ao poder e torna-se rei da tribo dos vikings.

Assista ao trailer:

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