OSVALDO MARCINEIRO
REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY
Osvaldo Marcineiro em cena do documentário O Caso Evandro; pai de santo se manifestou
Um mês após a estreia do documentário O Caso Evandro no Globoplay, o pai de santo Osvaldo Marcineiro rompeu o silêncio e se pronunciou publicamente pela primeira vez. Ele, que foi preso e torturado sob a acusação de ser o assassino do menino Evandro Ramos Caetano, optou por se recolher por medo de reviver o julgamento público sofrido em 1992.
"Me tornei uma pessoa incrédula em certas situações, principalmente em acreditar no ser humano, não acreditava que poderia ter tantas pessoas boas no mundo ainda, ou simplesmente não acreditava mais na mídia", escreveu ele em parte do relato.
Seu texto foi publicado em um grupo do Facebook chamado Discutindo o Caso Evandro - Projetos Humanos, onde os principais personagens dessa trama da vida real fazem parte, juntamente com o jornalista Ivan Mizanzuk, responsável pela série de podcasts que inspirou a série do Globoplay.
Por se tratar de um ambiente virtual privado, o relato de Marcineiro se tornou público graças ao cineasta Aly Muritiba, diretor da série documental. Com a autorização do pai de santo, ele compartilhou o texto na íntegra em seu perfil no Twitter. Confira:
Compartilho aqui, com autorização do autor, o relato de Osvaldo Marcineiro que, depois de muito tempo e graças à série O Caso Evandro, voltou a usar redes sociais e assinar com seu sobrenome (que andava escondendo). #OCasoEvandro#CasoEvandropic.twitter.com/N66EDmnhp3
— ALY MURITIBA (@ALYMURITIBA) June 16, 2021
Osvaldo decidiu aderir à campanha 7 Inocentes de Guaratuba, encabeçada por Beatriz Abagge, uma das sete pessoas que foram presas e torturadas pela morte do garoto Evandro, em 1992.
Na história criada na época, Marcineiro teria realizado um ritual satânico e usado o corpo do garoto, que havia sido encomendado por Beatriz e sua mãe, Celina Abagge, que na época era a mulher do prefeito de Guaratuba (PR), Aldo Abagge. Além deles, teriam participado do suposto do trabalho espiritual Vicente de Paula Ferreira, Davi dos Santos Soares, Francisco Sérgio Cristofolini e Airton Bardelli dos Santos.
Com o documentário, o caso foi esmiuçado e todas as incoerências apontam para um caso de erro da Polícia Militar do Paraná, que teria colocado essas sete pessoas como vítimas de um plano de conspiração. Todos eles foram torturados e obrigados a confessarem o crime.
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