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SÔNIA DE PAULA

Vinte anos depois, atriz do Cadeirudo vai pedir emprego para Aguinaldo Silva

Reprodução/YouTube

Sônia de Paula em websérie publicada no YouTube; atriz foi o Cadeirudo de A Indomada - Reprodução/YouTube

Sônia de Paula em websérie publicada no YouTube; atriz foi o Cadeirudo de A Indomada

FERNANDA LOPES

Publicado em 7/2/2017 - 6h07

Há 20 anos, Sônia de Paula se tornou sensação nacional. Na novela A Indomada, que estreou em fevereiro de 1997, ela interpretou o Cadeirudo, uma assombração com bumbum avantajado que apavorava as mulheres da fictícia cidade de Greenville. Longe da TV aberta desde 2009, a atriz de 63 anos lembra com saudade da grande repercussão que a revelação da personagem teve e acredita que poderá usar o aniversário do Cadeirudo para chamar a atenção de seu criador, Aguinaldo Silva.

"Espero comemorar 20 anos de A Indomada fazendo a próxima novela do Aguinaldo", torce. "Vou mandar um e-mail, um Whatsapp para ele [para pedir um papel]. Eu me ofereço, não tenho problema ou vergonha alguma de me oferecer", diz. Silva já escreve os primeiros capitulos de O Sétimo Guardião, novela das nove prevista para 2018.

Sônia de Paula interpretava a beata Lurdes Maria em A Indomada. Durante toda a trama, o Cadeirudo foi um misterioso personagem que atacava mulheres em noites de lua cheia. No final da novela, Lurdes confessou que fazia isso, mancomunada com Altiva (Eva Wilma), para aterrorizar as meninas do bordel da cidade.

"Eu estudei muito. Meu papel não era o principal, mas me esforcei muito e agradeço aos diretores e ao Aguinaldo. Eva Wilma também foi uma grande colega. A repercussão foi uma loucura, as pessoas queriam que eu andasse como o Cadeirudo, mas na verdade era um bailarino que fazia aquele andar", lembra.

reprodução/globo

Lurdes Maria (Sônia de Paula) como Cadeirudo (à esq.) e no fim da trama, quando se redimiu

Com 45 anos de carreira, Sônia está fora da TV desde 2009, quando participou de Caras & Bocas. A atriz, que também trabalha como produtora cultural e atua em uma peça sobre a vida das poetisas Cora Coralina e Adélia Prado, diz que teria tempo para voltar a trabalhar na televisão _só não recebeu convite. "Claro que teria vontade de voltar, mas não fiz ainda o movimento [de entrar em contato com autores e produtores]".

Sônia começou a trabalhar como atriz nos anos 1970 (década em que atuou em algumas pornochanchadas) e fez mais de 15 trabalhos na TV, entre novelas, minisséries e especiais. Ela destaca como alguns de seus trabalhos mais marcantes a novela Estúpido Cupido (1976) e as participações em Sítio do Picapau Amarelo (em 1979 e 2007).

No ano passado, atuou pela primeira vez na TV paga: após passar no teste de elenco, fez parte do especial Procurando Casseta e Planeta, do Multishow. "Fui com o maior carinho fazer, adoro teste. Acho válido, porque às vezes a pessoa não sabe como você está. Atualmente estou com o cabelo todo branco. Aí fiz um trançado no cabelo que demorou nove horas _tudo pela arte", comenta.

reprodução/facebook

Sônia de Paula em ação de seu projeto de literatura infantil, chamado Lê pra Mim?

Embaixadora da literatura
A maior fonte de renda de Sônia atualmente, no entanto, não vem da televisão. Desde 2010, a atriz é criadora, coordenadora e produtora do projeto Lê pra Mim?, que leva sessões gratuitas de leitura de histórias infantis a centros culturais de todas as regiões do país. Artistas e atores famosos são convidados para lerem histórias para crianças _já participaram do projeto a apresentadora Fátima Bernardes e a atriz Claudia Raia, por exemplo.

O Lê pra Mim? tem apoio da Lei Rouanet, em que empresas patrocinam projetos culturais em troca de isenção fiscal. É dos patrocínios que Sônia tira seu sustento. "Vivo com muito pouco, mas o que eu ganho me basta. Não posso deixar de trabalhar, mas não sou uma grande consumista, sei guardar dinheiro. Não vou morar na avenida Atlântica [área nobre do Rio de Janeiro], mas tenho grandes parceiros [patrocinadores]", afirma.

Sônia tem grandes planos para o Lê pra Mim?. Além de negociar um novo projeto com a primeira-dama da cidade do Rio de Janeiro, ela também gravou pilotos de vídeos de leitura (com atrizes como Lucélia Santos e Léa Garcia) para publicar literatura para crianças que não têm acesso. Pensando ainda mais alto, Sônia quer começar a montar uma biblioteca infantil itinerante.

"Eu adoro meu trabalho de atriz, mas eu gosto mesmo é do Lê pra Mim?. Estou muito realizada por fazer esse trabalho, é muito recompensador, me dá muitas alegrias. Eu era só uma atriz, agora abri meu leque. Acho que temos muitos talentos dentro de nós, e temos que persistir. Quero ser lembrada pelo Lê pra Mim?", declara.


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