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GUERRA DOS SEXOS

Sem graça, remake da Globo abandonou humor nonsense e espantou público

Raphael Dias/TV GLOBO

Otávio (Tony Ramos) está ao lado de Charlô (Irene Ravache); ambos usam roupas para jogar golfe

Otávio (Tony Ramos) e Charlô (Irene Ravache) na segunda versão de Guerra dos Sexos (2012)

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 26/4/2023 - 6h20

Há dez anos, a segunda versão de Guerra dos Sexos (2012) terminava na faixa das sete da Globo. Também responsável pela novela original de 1983, Silvio de Abreu tinha como objetivo atualizar de forma bem-humorada a trama sobre os conflitos entre homens e mulheres. O autor optou por misturar os estilos de comédia, deixando de lado a característica mais nonsense. A adaptação, no entanto, não repetiu o sucesso de outrora.

A história principal do folhetim com o confronto entre machistas e feministas, afinal, se mostrou datada. A abordagem de 1980 não cabia mais em pleno 2012, quando o avanço do feminismo e as conquistas das mulheres já tinham alterado significantemente a sociedade.

A primeira versão retratava, por exemplo, a luta feminina por mais espaço no mercado de trabalho. Dessa forma, Charlô (Irene Ravache) já não se apresentava mais como uma feminista tão radical como antes.

O próprio autor explicou tais mudanças na época do lançamento da novela: "Hoje as mulheres já marcaram posição. Até nosso país é presidido por uma mulher [Dilma Rousseff]. É outra perspectiva. Não é um tratado de sociologia. Estamos fazendo uma comédia. O objetivo é fazer rir".

Assim, Abreu tirou o foco da rivalidade entre homens e mulheres e usou mais um humor ingênuo, além de apostar na comédia romântica. A principal queixa dos críticos era de que a novela não tinha a mesma graça da original. 

Tal insatisfação teve reflexo na audiência: Guerra dos Sexos terminou com 22,7 pontos, a pior média geral da faixa das sete até então --e bem longe dos mais de 50 pontos da trama dos anos 1980. Depois, Geração Brasil (2014) superou o recorde negativo ao acabar com apenas 19,3 pontos de média.

Assim como a original, a novela girava em torno da relação de gato e rato entre os primos Charlô e Otávio (Tony Ramos). Após um romance na juventude, os dois passaram a nutrir ódio mútuo e brigar constantemente.

Eles se reencontraram durante a leitura do testamento dos tios Otávio Alcântara Rodrigues de Silva (Paulo Autran) e Charlote de Alcântara Barreto Pereira de Silva (Fernanda Montenegro) --os protagonistas da primeira versão. Únicos herdeiros, Charlô e Otávio ficaram com a mansão onde moravam e as lojas Charlô's. A partir de então, precisaram aprender a aturar um ao outro.


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