Quem é quem no remake de Vale Tudo: Luis Salem interpreta o mordomo Eugênio

No remake de Vale Tudo, que estreia no próximo dia 31 na Globo, o personagem Eugênio, vivido por Luis Salem, deve intrigar os telespectadores com sua personalidade complexa e um passado misterioso. Na primeira versão da trama, em 1988, o papel foi interpretado por Sérgio Mamberti (1939-2021), que deixou uma marca inesquecível.

Agora, sob a responsabilidade da autora Manuela Dias, a história é atualizada e traz à tona aspectos profundos da vida deste intrigante mordomo. Eugênio é um homem com uma paixão inusitada pelo luxo e requinte. Embora não possua uma fortuna, seu desejo por elegância e protocolo é evidente em cada gesto.

Desde jovem, Eugênio trabalhou arduamente. Começou aos 12 anos e nunca parou. No entanto, o que o motiva não é apenas o sustento, mas a admiração pelo glamour e pela perfeição nos detalhes de uma mesa bem-posta, com vários talheres e taças, cada uma com sua função específica.

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Apesar de já ter juntado o dinheiro necessário para viver e possuir um cantinho só seu, Eugênio continua a trabalhar porque, para ele, o trabalho é sinônimo de prazer. Mordomo da família Junqueira-Roitman, ele se dedica dia e noite ao funcionamento da casa de Celina (Malu Galli) e tem verdadeira paixão por Heleninha (Paolla Oliveira).

Sobrinha de sua patroa, Heleninha é uma mulher com um ar melancólico de artista do século 19. Eugênio vê com poesia o despreparo dela e sempre pinta em tons aristocráticos as crises da família. 

Com o passar do tempo, a vida pessoal de Eugênio se mistura com os problemas dos Roitman. Sua dedicação extrema faz com que ele perca momentos da própria vida, principalmente após a morte de sua mãe.

Eugênio acaba se sentindo cada vez mais preso ao papel de mordomo, com pouco espaço para uma identidade própria. Uma cirurgia inesperada serve como um ponto de virada para o personagem.

A reviravolta na vida de Eugênio

Esse evento o faz refletir sobre a própria vida e sua existência: "O que vão escrever em minha lápide?", ele se questiona. Seria ele apenas o mordomo da família Roitman, sem mais nada a acrescentar? Essa reflexão leva Eugênio a se revelar de forma surpreendente.

Celina e Heleninha, que o conheciam apenas como o mordomo fiel, ficam atônitas ao descobrir aspectos do seu passado que jamais imaginariam. Eugênio não é de Pernambuco, como todos pensavam, mas sim da Paraíba.

Além disso, ele já foi bailarino de shows para turistas e até sobreviveu ao naufrágio do Bateau Mouche em 1988, um evento que marcou sua vida para sempre. Quando questionado por suas patroas sobre por que nunca havia falado sobre seu passado, Eugênio responde com um olhar sarcástico: "Vocês nunca perguntaram".