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ESPECTRO AUTISTA

Por que Benê é diferente das outras meninas de Malhação? Entenda o que ela tem

Divulgação/TV Globo

A atriz Daphne Bozaski de blusa vermelha, óculos e olhar vago em cena como Benê em Malhação - Viva a Diferença

A atriz Daphne Bozaski em cena como Benê em Malhação; personagem convive com síndrome de Asperger

REDAÇÃO

Publicado em 10/8/2020 - 6h45

Nos capítulos mais recentes de Malhação - Viva a Diferença, muitos telespectadores ficaram espantados com as reações intensas e surpreendentes de Benê (Daphne Bozaski) em relação a problemas em seus relacionamentos. A garota chama a atenção por lidar de maneira diferente de suas amigas com questões normais para adolescentes. A personagem retrata um pouco do que vivem pessoas com autismo.

A princípio, a condição de Benê não será revelada na trama --ela só descobre mais para a frente que convive com a síndrome de Asperger. O transtorno de desenvolvimento engloba os autistas de alto rendimento, que não apresentam comprometimento cognitivo grave.

"A gente não queria tabelar logo de começo para que os telespectadores não achassem que aquela história não tivesse nada a ver com eles só por não serem autistas", revelou Daphne Bozaski em entrevista que concedeu ao Notícias da TV.

Benê já demonstra algumas características de Asperger, como a peculiaridade na fala, a dificuldade em compreender metáforas e o interesse quase obsessivo por determinada atividade --no caso dela, corrida ou tocar piano.

"A pessoa com autismo tem dificuldade na comunicação social [fala e interação], além de interesses fixos e comportamentos estereotipados, como balançar freneticamente as mãos ou o corpo para frente e para trás. Mas essas condições podem ser radicalmente diferentes de uma pessoa para a outra e de acordo com o nível", explicou à reportagem Lucelmo Lacerda, doutor em educação, com pós-doutorado em educação especial pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e pesquisador em autismo e inclusão.

A representação do autismo de Benê se dá de forma leve e até educativa em Malhação, mas ainda assim a personagem sofre bullying de outros adolescentes. A atriz teve o acompanhamento de uma psicóloga para viver a personagem e diz que também chegou a ser chamada de "retardada" nas redes sociais.

"Recebi críticas muito positivas sobre a importância de retratar o autismo e, quando alguém comentava coisas como 'que menina retardada' ou 'muito esquisita essa Benê', muitas pessoas a defendiam, explicavam que ela era autista e que a pessoa devia se informar antes de comentar coisas do tipo", contou a intérprete.

Novo olhar

A própria Daphne não tinha conhecimento sobre o que é a síndrome de Asperger e como é a vida de pessoas que convivem com a condição. A atriz afirmou que interpretar Benê fez com ela quebrasse preconceitos e tivesse uma nova perspectiva sobre o tema e também sobre a vida como um todo.

"Eu tinha uma visão caricata daquela pessoa que não consegue se expressar nem se desenvolver. Quebrei um grande preconceito. Depois de estar nesse lugar em que as pessoas te olham com diferença, tenho um olhar menos julgador e mais aberto. Aprendi a lidar com as particularidades de cada um, independentemente de serem autistas ou não", disse.

"Com certeza Benê foi um marco para mim e para minha carreira, levo essa experiência para toda a minha vida. A maneira como olho o mundo hoje tem um pouco do olhar da Benê, levo seu olhar mais sincero", declarou a atriz.


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