SUCESSO
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Sofia (Camila Queiroz) e Lola (Camila Pitanga) em cena de Beleza Fatal; sucesso além do Brasil
Beleza Fatal mal completou 15 dias de sua estreia e já pode ser considerada um sucesso. A primeira novela brasileira da Max não só caiu nas graças do público nacional, seu principal alvo, como também tem feito bonito no exterior. Assim, credencia a plataforma de streaming para a produção de mais produtos do gênero --além de Dona Beja, já gravada e só esperando uma data para entrar no ar.
Ao contrário da Netflix, a Max não revela a lista de séries e filmes mais vistos do serviço no mundo todo a cada semana --há apenas uma relação atualizada diariamente, e apenas com as produções em alta no próprio Brasil. O número de horas assistidas também não é divulgado pela Warner Bros. Discovery.
Isso dificulta na definição de exatamente quão bem-sucedida é Beleza Fatal, tanto no Brasil quanto no mundo. O que se sabe oficialmente é que, por aqui, a novela teve mais horas vistas em sua primeira semana do que qualquer outro conteúdo já disponibilizado pela Max, seja brasileiro ou internacional.
Também é possível dizer com certeza que a obra de Raphael Montes tem se mantido entre os produtos televisivos mais vistos do Brasil desde o seu lançamento --e ocupado a primeira posição na maioria desses dias.
Embora use dados não sacramentados, o site FlixPatrol ajuda na construção do panorama internacional de Beleza Fatal. De acordo com a página, a novela brasileira é o terceiro programa de TV mais visto da Max no mundo. Só perde para a série documental A Queda de P. Diddy e para a superprodução médica The Pitt, estrelada por Noah Wyle (o doutor Carter de ER: Plantão Médico).
O desempenho é ainda mais notável pois Beleza Fatal, ao contrário das outras séries citadas, não está disponível no catálogo de todos os países onde a Max pode ser assinada. Além do Brasil, ela foi lançada simultaneamente "apenas" na América Latina, em Portugal e nos Estados Unidos, onde ganhou o folhetinesco título Scars of Beauty (Cicatrizes da Beleza, em tradução literal).
A produção tem se saído bem nos países vizinhos e em Portugal, que está mais acostumado a consumir as novelas brasileiras --a rede SIC, por exemplo, transmite atualmente Travessia (2022), Terra e Paixão (2023) e reprisa O Outro Lado do Paraíso (2017). Já o público norte-americano, tradicionalmente avesso a obras estrangeiras, ainda não "comprou" Scars of Beauty; tem preferido produções locais, como o talk show Real Time with Bill Maher e a minissérie documental Irmandade Ariana: Terror nos Estados Unidos.
Outros países devem adicionar o folhetim nos próximos meses, e ainda há a possibilidade de venda da novela para outros players em territórios onde a Max não está presente --ou mesmo naqueles em que atua, como ocorreu com a Band aqui no Brasil, para aumentar a visibilidade da trama.
No evento de apresentação de Beleza Fatal à imprensa, em janeiro, a executiva Monica Pimentel, vice-presidente de conteúdo e relações artísticas da Warner Bros. Discovery no Brasil, já havia adiantado que a equipe estava de olho na exportação da obra. "Logicamente, a novela sempre foi um produto de altíssima qualidade no Brasil. Todos nós sabemos que a dramaturgia brasileira sempre foi reconhecida, tanto no cenário nacional como no Internacional."
"Eu diria que Beleza Fatal é uma obra que vai colocar a dramaturgia em outro patamar. Ela traz uma roupagem totalmente nova, uma abordagem moderna e uma excelência em vários aspectos. A nossa expectativa é que essa novela seja um sucesso não só no Brasil como também em outros países", previu.
A diretora Maria de Medicis, que já tinha visto seu trabalho na Globo ser vendido para outros países, fez coro ao discurso de Monica. "Eu acho que a novela é um dos maiores produtos de exportação do Brasil. Já fiz, sei lá, 14 novelas, acho que Beleza Fatal é a 15ª, e novela é algo que o brasileiro ama, que envolve toda a família. É esse grande produto do brasileiro para os brasileiros, mas que também conquista o resto do mundo."
Um novo bloco de cinco capítulos de Beleza Fatal é lançado toda segunda-feira. Os episódios derradeiros entrarão no catálogo da Max em 17 de março.
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