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Onde Nascem Os Fortes

Todo-poderoso da novela das onze é um macho inseguro, diz Alexandre Nero

Estevam Avellar/TV Globo

Pedro Gouveia (Alexandre Nero) em cena da novela das onze; mais um papel ambíguo para o ator - Estevam Avellar/TV Globo

Pedro Gouveia (Alexandre Nero) em cena da novela das onze; mais um papel ambíguo para o ator

MÁRCIA PEREIRA, na Paraíba

Publicado em 26/4/2018 - 5h06

Pedro Gouveia, interpretado por Alexandre Nero, é um daqueles personagens multifacetados. Seria fácil se apaixonar por ele, um homem fogoso e afetuoso. Mas, em Onde Nascem Os Fortes, o empresário já começou mostrando o seu pior: a crueldade e a violência. Para o ator, a morte de Nonato (Marco Pigossi) é resultado do orgulho de "dois machos inseguros". 

"O macho quer se mostrar mais forte, quer se mostrar mais poderoso. E aí vem o jovem de fora que não liga para esse poder que ele tem", resume Nero. Apesar de elenco e direção optarem por esconder se Nonato morreu mesmo ou está somente desaparecido, Nero confirma ao Notícias da TV que o jovem está morto.

"A história é basicamente a de um homem, Pedro Gouveia, meu personagem, que se desentende com o Nonato, e acontece a morte desse rapaz. Pedro é acusado da morte, e se inicia o enredo", diz o intérprete do todo-poderoso da novela das onze.

Nero conta que precisa passar ambiguidade na sua atuação. Por isso, o público verá cada vez mais o lado afetuoso e sexual desse homem. Logo ficará claro que ele não trai a mulher, Rosinete (Débora Bloch), apenas por trair.

O casal foi extramente apaixonado no passado, mas a doença da filha, Aurora (Lara Tremouroux), que tem lúpus, e o desgate provocado por muitos anos de casamento foram deteriorando a relação.

Montagem/reprodução/tv globo

Take mostrou Nonato (Marco Pigossi) inconsciente, ensanguentado e pendurado na terça (24) 

"Acho o Pedro um sacana. Dentro desse padrão da sociedade que temos, ele é um homem típico de sua região. Muito machista, mas não é um mau-caráter que passa a perna nas pessoas, nem ele mataria facilmente. Defendo a ideia que qualquer pessoa pode matar alguém para defender um filho ou algo assim. Então, ninguém está livre de ser acusado de um assassinato", comenta o ator.

Mas ele matou o irmão de Maria (Alice Wegmann) ou não? "O Pedro Gouveia brigou com esse cara. No dia seguinte, o cara desapareceu, o que faz do Pedro o suspeito número um do crime. Não sei muito o que dizer, porque qualquer coisa que eu falar, eu darei spoiler. Fico limitado ao que eu posso contar. É a mesma coisa de dizer na fila do cinema que o cara morre no final do filme", desconversa Nero.

Resquícios do comendador
Pedro Gouveia já deu os primeiros sinais de que tem muito a ver com o comendador José Alfredo, que Nero fez em Império (2014). O ator concorda, diz que ambos os personagens têm poder e sedução como ingredientes.

"Óbvio que muita gente vai comparar, mas não vejo problema, porque sou a mesma pessoa, não tenho como trocar o olho e o nariz. Já vi personagens meus que são muito mais parecidos com ele do que o próprio comendador. Mas o Pedro é muito mais bem-humorado, potente e divertido do que o José Alfredo", adianta. 

A mulherada vai gostar dessa informação. Na novela de Aguinaldo Silva, o comendador virou um personagem amado e que também despertou a atração do público feminino por ser amoroso e viril. "Achava o comendador um sedutor, sim, mas essa sedução pertence ao personagem."

reprodução/tv globo

Pedro Gouveia e sua amante, Joana (Maeve Jinkings), terão muitas cenas de pegação

Questionado se o assédio feminino o incomoda e sobre o que é mais difícil de fazer no seu atual papel, Nero dá uma enorme gargalhada. Para ele, transmitir sedução em cena é ótimo porque dá ibope para seus trabalhos. E o mais difícil é viver um homem rico. "Porque essa experiência eu nunca tive na minha vida", fala.

O interpréte do protagonista de Onde Nascem Os Fortes define a trama como um melodrama, cuja função é criar indentificação com quem está em casa. Gravando desde novembro a novela das onze, ele conta que tem passado até 20 dias longe da família, que mora no Rio de Janeiro.

A imersão do elenco no sertão, tão defendida pelo diretor artístico José Luiz Villamarim para obter bons resultados para a trama, gerou estranhamento no ator. Ele confidencia que sente falta das pessoas, não só de amigos e familiares, mas de ver gente, já que o elenco foi instalado em um local longe de tudo na Paraíba. 

De qualquer forma, toda a novidade que o trabalho está trazendo é experiência que se acumula. Ele ainda tenta se adequar ao formato diferente da Onde Nascem os Fortes _em suas palavras, ainda sem definição.

"Digo isso porque é muito complicado para nós, atores e equipe, gravar esse formato. São 50 e poucos capítulos que gravamos como se fosse uma série. Seriam cinco temporadas gravadas de uma vez só. Imagina. É uma novela curta, ou uma série grande. Por isso, é supersérie e é uma novidade para todo mundo."  

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