Ex-ídolo das crianças, ator estreia em novelas como conselheiro ganancioso do príncipe

Nos 12 anos que passou à frente do programa Art Attack, do Disney Channel, o ator Daniel Warren conquistou o público infantil. Por isso, na estreia de Deus Salve o Rei, surpreendeu quem cresceu com ele fazendo arte na TV ao surgir na novela medieval como Orlando, conselheiro ganancioso do príncipe Rodolfo (Johnny Massaro). Apesar de só pensar em ter mais poder e melhores finanças, o personagem não chega a ser vilão.

"A dupla que o Orlando faz com o Petrônio [Leandro Daniel] tem uma pegada mais cômica, mais leve. Mas já sei que no futuro virão muitas surpresas para os dois personagens, que eu obviamente não posso contar", desconversa Warren _se o autor Daniel Adjafre seguir a sinopse, Orlando se tornará chefe da Igreja em Montemor.

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Mesmo tendo feito participações pequenas em Pé na Jaca (2006) e Malhação (2007) e atuado na série A Teia (2014), Daniel tem agora seu primeiro papel fixo em uma novela. Por isso, já se acostumou a ser mais reconhecido por causa do período em que ensinava pinturas, esculturas e artesanato na TV paga.

"Muita gente assistiu ao Art Attack, fiquei no ar por 12 anos, então peguei um público bem variado. Hoje, encontro gente que já está na faculdade e me diz que era fã. Outro dia, um cara fortão na academia me reconheceu do programa. É engraçado, estou ficando velho (risos)", brinca o ator de 40 anos.

Daniel Warren na época do Art Attack (Reprodução)

Daniel valoriza que sua estreia em novelas ocorra justamente em uma obra que atrai os mesmos jovens que há alguns anos o acompanhavam no infantil do Disney Channel: "Acho que Deus Salve o Rei tem apelo para o público adolescente, essa pegada medieval, meio fantástica. A Idade Média é um período muito atrativo", opina ele, que divide cenas com Pascoal da Conceição, o eterno Doutor Abobrinha do Castelo Rá-Tim-Bum.

Destaque no teatro
Deixar de fazer arte e migrar para a comédia na TV não intimidou o intérprete, já que Warren está acostumado a fazer rir nos palcos. Inclusive, neste ano concorre ao Prêmio Shell de melhor ator por seu trabalho na peça Ponto de Vista de um Palhaço. "Já fiz muito drama, mas também comédia, dá para transitar bem", explica ele.

Agora, Daniel tenta se acostumar ao ritmo de gravações de uma novela, bem diferente dos trabalhos a que está acostumado. "Tive que aprender um monte de coisa que não sabia. Mas é fantástico ver como tudo acontece, o tamanho da produção, a grandiosidade da Globo", admira.

Apesar da intensidade dos trabalhos, ele jura que em Deus Salve o Rei o esquema é diferente. "As pessoas que têm mais experiência falam que é um trabalho bem diferenciado, com um cuidado maior, não é tanta correria. Mesmo sendo minha primeira novela, eu sinto que é algo muito especial", elogia.