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Em crise no Ibope, Globo decide encurtar Babilônia em 3 semanas

Reprodução/TV Globo

Camila Pitanga em cena de Babilônia: novela terminará em 28 de agosto, com 143 capítulos - Reprodução/TV Globo

Camila Pitanga em cena de Babilônia: novela terminará em 28 de agosto, com 143 capítulos

DANIEL CASTRO

Publicado em 12/5/2015 - 15h06
Atualizado em 13/5/2015 - 4h42

[Texto publicado originalmente às 15h06 de 12/5/2015]

A direção da Globo decidiu na última sexta-feira encurtar Babilônia. Projetada para ter 161 capítulos, a novela das nove perderá três semanas e acabará no 143º episódio, em 28 de agosto. Antes, iria até 18 de setembro. Ao lado de Em Família (2014), será a quarta novela das oito ou das nove mais breve dos 50 anos da Globo. O motivo do encurtamento é a baixa audiência. Com média de 25 pontos na Grande São Paulo, Babilônia tem o pior ibope das 20h/21h da história, o que afeta a média diária de toda a programação.

Com o corte, Babilônia só terá mais capítulos do que Anastácia (1967), com 125 episódios, Sangue e Areia (também de 1967), com 135, e Sol de Verão (1982), com 137. Em Família, no ano passado, também teve 143 capítulos.

Os trabalhos de A Regra do Jogo (ex-Favela Chic), de João Emanuel Carneiro, foram acelerados. Com a estreia marcada agora para 31 de agosto, a novela começará a ser gravada nas próximas semanas. Recém-egressa de Alto Astral, a atriz Giovanna Lancellotti teve que cancelar uma viagem de férias. Terá apenas uma semana de folga. Começa a trabalhar na semana que vem.

Executivos da Globo confirmam a redução de Babilônia, mas não consideram certo dizer que a produção foi encurtada, uma vez que novelas, por serem obras abertas, só ficam prontas quando terminam. Mas o fato é que havia uma previsão de 161 capítulos para Babilônia. Poderia ser extendida, como aconteceu com Império (203 episódios) e com Amor à Vida (221), mas se optou pelo abreviamento. Oficialmente, a emissora diz que não existia "um dia determinado para início ou fim" da novela.

Nas últimas semanas, a Globo lançou uma ofensiva para recuperar Babilônia. Após pesquisas detectarem rejeição ao excesso de mau-caratismo e de realidade na novela, a primeira providência foi evitar que Alice, personagem de Sophie Charlotte, virasse prostituta. Ela se tornou uma mocinha mais tradicional, para compensar a falta de empolgação do público com Regina (Camila Pitanga). 

Depois, a Globo tratou de acelerar a trama envolvendo entre Inês (Adriana Esteves) e Beatriz (Gloria Pires). O que era para ser uma relação de inveja movida a chantagem, virou uma relação de ódio com o objetivo de vingança. Um segredo que Inês guardaria até por volta do 90º capítulo veio à tona no final do primeiro mês: na adolescência, Beatriz seduzira o pai de Inês, e ele se matou na cadeia.

Com a trama mais ágil, Inês divulgou um vídeo que mostrava Beatriz beijando o pai de Regina, Cristóvão (Val Perré), que a vilã matou no primeiro capítulo. Em seguida, Beatriz tentou matar Inês. Na semana que vem, ela liquidará uma testemunha do primeiro crime.

A novela também teve mudanças de ordem moral. Beatriz, que seria uma "devoradora" de homens, passou a se relacionar apenas com um amante. Bombardeados por parlamentares evangélicos, beijos entre duas senhoras lésbicas, interpretadas por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, ficaram restritos ao primeiro e terceiro capítulos. E o personagem de Marcos Pasquim, Carlos Alberto, que seria um "gay enrustido", não teve sua homossexualidade desenvolvida na história _ele será heterossexual.


Colaboraram MÁRCIA PEREIRA e JOÃO DA PAZ


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