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PRECISA ARRISCAR

Dona de Mim vai cutucar feridas com dois temas urgentes, entrega autora

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Humberto Morais contracena com Giovanna Lancellotti em Dona de Mim

Marlon (Humberto Morais) e Kami (Giovanna Lancellotti): mocinho vai virar policial humanista

MÁRCIA PEREIRA, colunista

marcia@noticiadastv.com

Publicado em 14/5/2025 - 6h10

Dona de Mim já apresentou suas histórias principais nas duas primeiras semanas de exibição. Agora, a autora Rosane Svartman vai mergulhar em dois temas delicados e urgentes --saúde mental e segurança pública-- para virar a novela do avesso e provocar o público com histórias humanas e potentes. "Se a novela é uma grande conversa com a sociedade, como esses assuntos não estariam nela?", questiona a novelista.

Um dos segredos da trama está nas personagens Filipa (Cláudia Abreu) e Leona (Clara Moneke), duas mulheres que enfrentam dores profundas e dão rosto à discussão sobre saúde mental. Rosane conta que se inspirou em trajetórias reais.

"Filipa e Leo são personagens que vão nos ajudar a falar sobre isso. Uma viveu uma dor que tomou conta da vida dela. A outra também carrega cicatrizes emocionais", explica.

O segundo grande eixo dramático de Dona de Mim envolve a segurança pública, e Marlon (Humberto Morais) vai se tornar um policial com olhar humanista, virando peça-chave da novela das sete da Globo. "Ele entra na polícia com um viés humanista. Foi a forma mais honesta que encontramos para começar esse assunto", revela Rosane.

O enredo ainda vai explorar a tensão entre Marlon e seu melhor amigo de escola que acabou indo para o crime, Ryan (L7nnon), em uma relação que expõe as contradições e as complexidades da violência urbana.

Para construir esse universo, a autora se cercou de especialistas: "Conversamos com acadêmicos, jornalistas, policiais, com o Preto Zezé [ativista social], com a antropóloga Rosane Borges… Não queríamos apenas escrever um personagem, mas abrir o debate com responsabilidade".

Riscos criativos

Rosane também reflete sobre os riscos criativos que a novela assume para abordar esses assuntos que têm um peso grande na sociedade. "Tem várias coisas arriscadas na novela. Mas se a gente não se arrisca, vira mais do mesmo. Eu não quero isso."

Para a autora, o medo do cancelamento não pode ser um freio na hora de criar uma história. "Medo é um péssimo conselheiro", lembra.

Com um olhar generoso para o processo criativo, a autora faz questão de valorizar seus colaboradores. "Eu escrevo os primeiros capítulos sozinha com a pesquisadora, mas, quando a equipe entra, todo mundo lê tudo. Não tenho vaidade em dizer quem escreveu o quê. A sala precisa ser plural", observa.

E é nessa pluralidade que Dona de Mim aposta. "A novela não busca o que temos de diferente, mas tenta encontrar o que nos une", resume Rosane, que se inspira até mesmo nas redes sociais, mas com cuidado:

Elas exacerbam o que temos de mais passional, de mais polarizado. A novela é outra coisa. É um espaço de escuta, de diálogo, mas dá para tirar algo de lá observando comportamentos. Eu acho que tem esse lado passional das redes sociais muito interessante também. É um lugar que eu busco não como termômetro, mas como inspiração.

Leia também -> Resumo dos próximos capítulos da novela Dona de Mim

Dona de Mim é ambientada principalmente no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Lá, ficam a fábrica de Abel e as casas dos mocinhos da história, Leona e Marlon. A novela conta com direção de Allan Fiterman.


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