Balanço do ano
Reprodução/Record
Sérgio Marone em Os Dez Mandamentos, da Record; atuação define a canastrice na TV
RAPHAEL SCIRE
Publicado em 12/12/2015 - 6h36
2015 foi um ano farto em canastrice na TV. Se as mulheres deram um show de talento, os homens derraparam feio e quase mataram a audiência de vergonha alheia. O telespectador viu ator preguiçoso, fora de tom e repetitivo. Os piores, como sempre, contaram com a beleza a favor. Mas nem a genética e muito menos os músculos à mostra foram suficientes para salvá-los de um vexame no vídeo. A lista dos piores do ano tem Sérgio Marone, Marcos Palmeira, Guilherme Leicam, Gabriel Braga Nunes e até Juliano Cazarré e Francisco Cuoco. Confira:
reprodução/tv globo
Mesmo contracenando com Maitê Proença, Guilherme Leicam não vingou em Alto Astral
Guilherme Leicam (Gustavo, de Alto Astral): A novela ficou no ar até maio deste ano, e o jovem Guilherme Leicam desperdiçou uma chance enorme de mostrar seu talento. Inexpressivo, o ator não soube dar o tom de malandragem que seu personagem pedia e conseguiu ficar apático mesmo contracenando com uma das maiores atrizes do país, Maitê Proença (Kitty).
reprodução/tv globo
Atuação de Gabriel Braga Nunes reafirmou má fase do ator, que precisa descansar a imagem
Gabriel Braga Nunes (Luís Fernando, de Babilônia): Há tempos que o ator precisa descansar sua imagem. Depois da enxurrada de críticas pelo Laerte de Em Família (2014), que não por acaso foi interpretado por Guilherme Leicam na primeira fase da história, Braga Nunes voltou ao ar num tipo diferente, cômico, mas mostrou a mesma interpretação arrastada e preguiçosa dos últimos trabalhos. Perdeu uma oportunidade de mostrar que sabe fazer mais do que psicopatas.
PAULO BELOTE/TV GLOBO
Sem cinismo e sarcasmo, Marcos Palmeira falhou ao interpretar um corrupto em Babilônia
Marcos Palmeira (Aderbal, de Babilônia): Na novela que comemoraria os 50 anos da Globo, Palmeira não entrou no tom do personagem, um prefeito corrupto e demagogo, defensor da tradicional família brasileira. Mecânico, o ator deixou de apresentar cinismo e sarcasmo na sua interpretação. Também não teve voltagem sexual alguma com Inês (Adriana Esteves) nem com Beatriz (Gloria Pires).
Caiuá Franco/TV globo
Mal escalado, Juliano Cazarré não investiu no papel de funkeiro em A Regra do Jogo
Juliano Cazarré (MC Merlô, de A Regra do Jogo): Há que se considerar que a escalação de Cazarré para viver o funkeiro não foi das mais acertadas, mas o ator também não fez por onde na hora de imprimir personalidade ao seu papel. Repetitivo, seu MC Merlô carrega a mesma infantilidade de Adauto, de Avenida Brasil (2012). Nem os músculos constantemente à mostra protegem Cazarré de sua canastrice.
REPRODUÇÃO/RECORD
Em Os Dez Mandamentos, Sérgio Marone foi medonho e canastrão no papel do faráo Ramsés
Sérgio Marone (Ramsés, de Os Dez Mandamentos): Fora da Globo, o ator foi acolhido pela Record e deu vida ao vilão da novela bíblica sensação do ano. Era a chance que Marone tinha de mostrar um bom trabalho e conquistar seu espaço na televisão, até então reservado para os papéis de coadjuvantes. Mas o que apresentou no vídeo foi um canastrão a desfilar um verdadeiro e medonho festival de caras, bocas e gritos constrangedores. Quase um Cigano Igor. Melhor mesmo investir na carreira de apresentador.
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Francisco Cuoco em I Love Paraisópolis; ator está longe de ser um ás da interpretação
Menção honrosa: Francisco Cuoco. O jeito de atuar do outrora galã e hoje medalhão da televisão é o mesmo desde o século passado, com sua gagueira utilizada como muleta interpretativa. Foi assim com o Vicente, de Boogie Oogie (2014/15) e também na participação especial que fez em I Love Paraisópolis. O público já acostumou, mas é inegável que Cuoco está longe de ser um ás da interpretação.
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