Império
Paulo Belote/TV Globo
A atriz Drica Moraes interpreta Cora na novela Império, da Globo; personagem é uma cobra
MÁRCIA PEREIRA, enviada especial ao Rio de Janeiro
Publicado em 20/7/2014 - 17h28
Atualizado em 21/7/2014 - 6h13
Cora, a grande vilã de Império, chega hoje (21) ao horário nobre da Globo com cara de santa na pele de Marjorie Estiano. Logo nas primeiras falas, todos vão ver que o rostinho de boa moça engana à primeira vista, mas Cora é mesmo uma cobra. Dias depois, o público verá que muitos anos se passaram e ela não se casou, ficando ainda mais maledicente, fofoqueira e manipuladora com a interpretação de Drica Moraes. Cora tortura a irmã com câncer de pulmão.
Drica Moraes, que passou por um transplante de medula durante o tratamento de um câncer em 2010, revela que está curada. Ela diz que sua experiência de vida só deu mais elementos para hora em que teve de gravar essa sequência da megera de Aguinaldo Silva maltratando Eliane (Malu Galli) em seu leito de morte. “Quem está na chuva é para se molhar. Mas é uma personagem, não é a minha história. A doença faz parte da vida também. Os personagens lidam com isso”, diz a atriz, deixando claro que não se sensibilizou em ter de fazer as cenas de Cora torturando psicologicamente a irmã doente.
Com 45 anos, Drica afirma que está ótima em relação à doença. “Não tenho mais nenhuma restrição. Não posso nem falar alto que me botam para gravar aqui de madrugada, às 5h da manhã. As vilãs do Aguinaldo têm de ter saúde”, brinca.
Do reino animal
A personagem vai ter alguns trejeitos, que estão sendo desenvolvidos pela atriz. Ela diz que Cora, se fosse um bicho, seria uma cobra. A malvada vai ter uma língua que pode passear, fazer movimentos, mas não é nada premeditado. “Ela é do reino animal. De alguma maneira isso vai estar impresso no corpo, no gestual. Eu não me programo muito para isso. Vai acontecendo na hora do fazer.”
Para compor uma vilã, muitos ingredientes são dados aos intérpretes, mas Drica afirma que não sabe qual é o problema de sua antagonista. “Talvez, ela tenha sido rejeitada pelo pai ou foi menos amada pela família. Sei que teve uma religiosidade muito forte em cima, que fez ela ser uma mulher reprimida sexualmente”, conta.
A intérprete de Cora adianta que a máscara da personagem vai caindo aos poucos, mas sua personalidade será sempre confusa, agressiva e bipolar. A vilã remete aos tipos de pessoas que demonstram ter uma perturbação interna, uma perversão. “Ela quer poder. Poder no sentido mais amplo. Poder sobre as pessoas, poder sobre a cabeça das pessoas.”
Inimigos declarados
Tanto a atriz quanto o autor Aguinaldo Silva afirmam que Cora vai se desdobrar em mil ao longo da trama. Ela é capaz de tudo. Primeiro, o que será apresentado é a inveja que ela tem da irmã. Em breve, a vilã já vai enfrentar José Alfredo (Alexandre Nero). “O Aguinaldo não está economizando trama. Ela encontra com Zé Alfredo depois de mais de 20 anos e vai ter um grande embate com ele”, adianta a atriz.
José Alfredo e ela serão inimigos, mas Drica diz acreditar que sua personagem tem alguma paixão por ele enrustida. Ela também vai ter confrontos com o personagem de Ailton Graça, o cabeleireiro Xana Summer. “É um travesti do bairro que saca a Cora de longe. Vai ter trama boa por aí. Ela vai espalhar seu veneno.”
Questionada se é mais gostoso fazer uma vilã, a atriz confirma que sim. “É muito saboroso porque pode muita coisa. Pode até ser o bonzinho.”
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