Aguinaldo Silva
RENATO ROCHA MIRANDA/TV GLOBO
O autor de Império, Aguinaldo Silva, revela detalhes da substituição de Drica Moraes na novela
REDAÇÃO
Publicado em 9/12/2014 - 8h47
O autor de Império, Aguinaldo Silva, revela que teve de pegar leve com Drica Moraes desde o começo da novela das nove da Globo, em julho. A atriz mantém cuidados especiais com a saúde por causa de um câncer que enfrentou em 2010. “Cada vez que eu escrevia uma cena forte não podia deixar de pensar que estava fazendo um mal enorme à saúde da Drica", conta Silva. Desde a semana passada, Drica está afastada da trama por tempo indeterminado. O novelista não conta mais com a sua volta ao folhetim. Marjorie Estiano entrou no lugar da atriz.
Quando voltou a gravar na quarta-feira (3), após passar uma semana se recuperando de uma crise de labirintite, a intérprete de Cora ficou sem voz. Ela se reuniu com o autor e o diretor da novela, Rogério Gomes, que em duas horas decidiram substituí-la por Marjorie Estiano, a atriz que deu vida a Cora nos primeiros capítulos da trama. “Ou se fazia a substituição, ou retirávamos todas as cenas de Cora, e aí a novela ficaria capenga. Tudo aconteceu na quinta-feira [4]”, disse Silva em entrevista à colunista Carla Bittencourt, do jornal Extra.
O autor confirma que chegou, em uma reunião na Globo, a comparar a mudança de aparência de Cora com a da atriz americana Renée Zellweger, que apareceu totalmente diferente recentemente após intervenções cirúrgicas.
“Sim, usei este argumento, mas de brincadeira. De qualquer modo, não havia como contra-argumentar, pois a situação era a seguinte. Desde o instante em que apresentei minha ideia ‘louca’ a Silvio de Abreu [diretor de dramaturgia da Globo] até que me ligaram para avisar que Marjorie Estiano já estava na novela decorreram apenas duas horas. Assim mesmo, sem maiores traumas”, comenta ele.
Em seu blog, o autor de Império já havia adiantado que Marjorie não pestanejou quando foi convocada. Disse apenas: “Me manda os capítulos”, e menos de 24 horas depois já estava nos estúdios da Globo gravando a primeira noite de amor com José Alfredo (Alexandre Nero).
Atitude radical
“Substituir Drica por outra atriz da mesma faixa de idade seria a opção menos imaginosa e eu nunca pensei nela. Se é para tomar uma atitude tão radical, tem que ser radical mesmo, pois ser radical em termos de ficção é a principal qualidade da novela. Pensei, sim: ‘O que Janete Clair faria numa situação dessas?’. E concluí que ela chamaria Cora jovem, ou seja, Marjorie Estiano, e não daria maiores explicações”, conta Aguinaldo Silva.
A jornalista do Extra ainda perguntou se ele teve medo de o público rejeitar essa mudança na trama. “Eu sempre digo, e repito agora, que escrever novela não é coisa pra mariquitas”, dispara Silva, que afirma que o autor que está no ar toma a cada dia decisões perigosas como essa.
Para Silva, uma decisão ainda mais radical foi matar falsamente o protagonista do folhetim, José Alfredo (Alexandre Nero), em cena que irá ao ar no dia 18.
Aguinaldo Silva parece estar tranquilo com a decisão que teve de tomar e revela também que este não é momento mais difícil que teve em sua carreira. Se estivesse gravando, Drica Moraes teria sequências pesadas nesta semana, como o barraco que Cora vai protagonizar com Maria Marta (Lilia Cabral), que terá tapas e muitos xingamentos.
Após José Alfredo ser enterrado, no capítulo do dia 22, ela vai se esconder no cemitério para tirar o comendador do caixão e dar um último beijo. Só que ela dormirá e, quando arrombar a cova, descobrirá que o corpo do seu “amor” não está mais lá.
Procurada, a assessoria de imprensa de Drica Moraes afirma que ela está bem, cuidando da saúde e diz que a labirintite e a faringite que a atingiram não têm nada a ver com a possível volta do câncer.
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