CARLOS HENRIQUE SCHRODER
FÁBIO ROCHA/TV GLOBO
Carlos Henrique Schroder saiu da Globo em 2021, depois de 35 anos; ele está de volta
Um dos executivos mais importantes da história Globo, Carlos Henrique Schroder está de volta ao Grupo Globo apenas quatro anos depois de deixá-lo. Ele assumirá um posto no Conselho de Administração da empresa, em um colegiado que reúne vários integrantes da família Marinho. Na posição, poderá palpitar em todo o conteúdo e na estratégia da emissora que já comandou.
O Notícias da TV apurou com fontes no alto escalão que a volta de Schroder é um indicativo de que os herdeiros de Roberto Marinho (1904-2003) buscam uma pessoa com mais experiência para orientar os rumos de produção de conteúdo no conglomerado de mídia.
Alguns executivos têm mostrado descontentamento com algumas decisões tomadas na gestão de Amauri Soares, atual diretor dos Estúdios Globo e da TV Globo. As principais críticas estão relacionadas à produção de conteúdo, com questões sobre o rumo das novelas e de outros produtos do Entretenimento.
Não por acaso, o comunicado destaca que foi durante a gestão de Schroder que o Globoplay foi lançado e também que a Globo venceu oito prêmios no Emmy Internacional, algo que ainda não ocorreu sob a direção de Amauri Soares --na última edição, aliás, a emissora sequer conseguiu uma indicação à estatueta de melhor telenovela, o seu principal produto.
Soares vem do Jornalismo, assim como Schroder, mas não é encarado com a mesma boa vontade de seu antecessor, tanto por chefões quanto por funcionários da emissora. O chefão atual tem conciliado funções desde a saída de Ricardo Waddington da direção de Entretenimento, em 2023.
A própria Globo confirmou a eleição do ex-diretor-executivo para o conselho em comunicado disparado à imprensa na noite desta terça (29). "O Grupo Globo anunciou hoje a eleição de Carlos Henrique Schroder como novo membro de seu Conselho de Administração", começa a nota.
"Comprometido com a constante evolução de sua governança corporativa e com a reunião de competências e visões complementares, o colegiado passa a ser composto a partir de agora por João Roberto Marinho como presidente, Roberto Irineu Marinho e José Roberto Marinho como vice-presidentes, e Paulo Marinho, Roberto Marinho Neto, Alberto Pecegueiro, Rodrigo Xavier, Paula Bellizia e Carlos Henrique Schroder como conselheiros."
"'Ao longo de toda a sua brilhante carreira na Globo, como jornalista e como executivo, Schroder demonstrou grande sensibilidade para o valor do conteúdo de qualidade, no Jornalismo, no Esporte e no Entretenimento'", elogia João Roberto Marinho no comunicado.
"'Ele entendeu a televisão aberta como o veículo capaz de unir uma nação continental como a nossa em torno de uma grande cobertura, de uma decisão de campeonato ou de capítulos decisivos de uma novela e trabalhou para potencializar a sua vitalidade num ecossistema multiplaforma e complementar'", segue o filho de Roberto Marinho na nota.
O texto ainda valoriza a carreira de Schroder na Globo e sua trajetória de quase 40 anos na televisão. "O jornalista estreou na RBS em Porto Alegre, em 1982, como editor do telejornal Bom Dia Rio Grande. Em 1985, ingressou na TV Globo como coordenador de rede, passou a editor-chefe do Jornal Hoje, editor de Assuntos Nacionais do Jornal Nacional, diretor de Produção e Planejamento da Central Globo de Jornalismo e diretor-geral de Jornalismo e Esporte em 2001", lista o comunicado.
"Em sua trajetória, liderou grandes coberturas, ajudou a construir a GloboNews e criou o G1. Em 2013, assumiu a direção-geral da TV Globo e, em 2020, a direção-executiva de Criação e Produção de Conteúdo da Globo, cargo que acumulou com a direção de Entretenimento", segue o texto.
"Aliando grande capacidade de gestão da produção de conteúdo de qualidade, Schroder reformulou a TV Globo com uma nova visão de negócios ao perceber que a televisão se ampliara para diferentes plataformas. Foi em sua gestão como diretor-geral que nasceu o Globoplay. E foi também neste período que a TV Globo conquistou diversos prêmios, entre eles oito Emmys em entretenimento e jornalismo", encerra a nota.
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