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Prestes a estrear programas ao vivo, Netflix admite problemas em luta de Mike Tyson

Divulgação/Netflix

Mike Tyson dá soco em treino para luta de boxe

O pugilista Mike Tyson em treino para luta com Jake Paul na Netflix; transmissão travou e frustrou público

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 4/12/2024 - 16h41

Quase 20 dias depois da histórica luta de boxe entre Jake Paul e Mike Tyson, a Netflix finalmente quebrou o silêncio e admitiu que enfrentou problemas na transmissão do embate --no qual o youtuber levou a melhor sobre o ex-campeão mundial. O reconhecimento da falha vem em um momento de virada para a plataforma --que exibirá uma partida de futebol americano com show de Beyoncé em pleno Natal e ainda terá programas semanais da gigante de luta livre WWE a partir de janeiro.

Coube a Bela Bajaria, chefe de conteúdo global da Netflix, o papel de admitir que a luta não correu exatamente como todos previam. "Nós esperávamos um número alto, claro. E foi um número alto. Mas a verdade é que você nunca sabe, e você só aprende com essas coisas até que se arrisca", afirmou a executiva à imprensa nesta quarta-feira (4), durante evento de apresentação da programação da WWE no streaming.

"Mas nossas equipes e nossos engenheiros são incríveis, se mexeram super-rapidamente e estabilizaram tudo. Muitos assinantes tiveram a transmissão funcionando perfeitamente na mesma hora. Mas aprendemos com essas coisas. E estamos fazendo de tudo para aprender e nos preparamos para a NFL e Beyoncé no show do intervalo para que estejamos totalmente prontos e empolgados para a WWE", minimizou Bela.

A executiva rapidamente virou o jogo e tentou transformar a situação em algo positivo. "Sempre que fazemos algo ao vivo, queremos que transcorra sem problemas para cada um de nossos assinantes. Isso é muito importante. Mas, para colocar em perspectiva, foram 65 milhões de streams simultâneos, foi uma noite muito bem-sucedida. Muita gente assistiu, a proporção era imensa, o que é ótimo. Há muito interesse nisso", ressaltou a chefe de conteúdo.

No Brasil e em alguns outros países pelo mundo, eventos específicos da WWE já estão sendo transmitidos ao vivo --no último sábado (30), por exemplo, o público brasileiro pôde ver o Survivor Series: War Games, que antes era exibido em esquema de pay-per-view. 

A partir de janeiro, os três programas semanais da companhia também serão exibidos ao vivo por aqui: o Raw, nas noites de segunda-feira (estreia no dia 6), o NXT, às terças (dia 7), e o Smackdown, às sextas (dia 10). Rumores apontam que Dwayne Johnson, o The Rock, apareça na primeira transmissão para tornar a estreia ainda mais empolgante.

A mudança da TV tradicional para o streaming, porém, não deve proporcionar grandes transformações nas narrativas propostas dentro e fora do ringue. "Não vamos mudar a classificação indicativa da programação. Tem boatos de que vamos fazer algo para maiores de 18 anos, mas não vai acontecer", cortou Paul Levesque, o Triple H, chefe de conteúdo da WWE.

"Fazemos programas para toda a família, para todas as gerações e que sejam amigáveis aos patrocinadores. E isso vai continuar assim", continuou o ex-lutador, que apontou uma valorização do alcance mundial da plataforma. "Tem países que são tão importantes para nós quanto os Estados Unidos. Temos eles como alvos, assim como a Netflix. São nossas prioridades, e vocês vão ver mais deles, acho que essa será a diferença", adiantou Levesque.


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