CRÍTICA
Divulgação/Marvel Studios
Parte do elenco de Thunderbolts*, que entra em cartaz nesta quarta-feira (30) nos cinemas
Depois de tropeços imperdoáveis no cinema e no Disney+, a Marvel tenta recalcular a rota de seu Universo Cinematográfico com Thunderbolts*, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quarta-feira (30). Com heróis menos conhecidos em destaque, o filme não apenas mostra que a empresa tem ouvido as críticas dos fãs a respeito da fadiga do gênero como também levanta um importante debate sobre saúde mental --algo que parecia inconcebível em superproduções do gênero.
Em vez de Homem-Aranha, Capitão América, Hulk ou Thor, os protagonistas aqui são personagens do segundo (ou até do quarto) escalão da editora. São nomes como Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes (Sebastian Stan), Fantasma (Hannah John-Kamen) e Guardião Vermelho (David Harbour), coadjuvantes em projetos anteriores e que aqui ganham a chance de brilhar.
Ao contrário dos Vingadores, os heróis da vez (anti-heróis talvez fosse uma classificação mais adequada) não se unem por vontade própria; pelo contrário, estão mais dispostos a matarem uns aos outros do que a trabalharem juntos. A dinâmica de grupo a contragosto dá um sabor diferente a Thunderbolts*, com uma mistura de humor e ação na medida certa.
A história começa quando Valentina (Julia Louis-Dreyfus), agora diretora da CIA e investigada por atividades ilegais, decide eliminar todas as provas de seus crimes e envia Yelena, Fantasma, o Agente Americano (Wyatt Russell) e a Treinadora (Olga Kurylenko) para acabarem uns com os outros em uma base ultrassecreta no meio do nada.
Só que os quatro percebem as reais intenções da condessa e se unem para escapar da armadilha --levando com eles Bob (Lewis Pullman), um sujeito aparentemente comum, mas que esconde grandes segredos. Não será surpresa para ninguém revelar que o rapaz passou por procedimentos científicos que o transformaram em um super-herói imbatível, o Sentinela, criado para substituir os Vingadores na defesa dos Estados Unidos.
Quando uma grande ameaça aparece e começa a eliminar a população de Nova York sem nem precisar estalar os dedos --morra de inveja, Thanos!--, os Thunderbolts precisam entrar em ação, já com a ajuda de Bucky e do Guardião Vermelho, para tentar reverter a situação. E é aí que o filme vira do avesso.
Em vez das cenas de ação típicas da Marvel, Thunderbolts* se torna um suspense psicológico que debate questões de saúde mental, como depressão, ansiedade e transtorno bipolar. É um ponto fora da curva para a empresa, mas bastante bem-vindo --não apenas para levantar debates sobre a importância da psicanálise, mas também para tirar os personagens da editora do lugar-comum e surpreender os fãs que acompanham a história há 17 anos.
No elenco, destaque para Florence Pugh, que consegue passar todas as emoções de Yelena e dar conta das cenas de ação --ela até dispensou dublês e pulou do segundo prédio mais alto da mundo para a abertura do longa. Não é por acaso que sua personagem foi escolhida como ponto central da trama.
Novato na franquia, Lewis Pullman também se dá bem e convence na pele de Bob, com todos os problemas que afligem o personagem. E Julia Louis-Dreyfus mais uma vez rouba a cena como Valentina, com a canastrice na medida certa de uma atriz veterana e muito premiada que não quer levar o roteiro de mais um filme de super-heróis tão a sério.
Thunderbolts* estreia nesta quarta-feira (30) nos cinemas. Confira o trailer:
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