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MEU NOME É GAL

Saiba o que Gal Costa achou da escolha de Sophie Charlotte para filme de sua vida

DIVULGAÇÃO/PARIS FILMES

Sophie Charlotte caracterizada como Gal Costa, com expressão séria e blusa com plumas no pescoço, em cena do filme Meu Nome É Gal

Sophie Charlotte caracterizada como Gal Costa; ela interpreta a cantora no filme Meu Nome É Gal

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 13/10/2023 - 21h00

Gal Costa (1945-2022) morreu em novembro de 2022 e não chegou a ter a oportunidade de assistir ao filme Meu Nome É Gal, que estreou nos cinemas nesta quinta (12) e retrata um trecho de sua vida. No entanto, ela era frequentemente informada sobre o desenvolvimento da produção e aprovou a escolha de Sophie Charlotte para interpretá-la. Gal inclusive elogiou o timbre de voz de Sophie e afirmou ser parecido com o seu.

O projeto para um filme sobre a trajetória de Gal já existia desde antes da pandemia. Sophie foi convidada para interpretar a cantora logo no início e aceitou o desafio de cara.

Quando soube da escolha para o papel, Gal não só gostou como foi ela que alertou as diretoras Dandara Ferreira e Lô Politi de que Sophie também cantava. A atriz já soltou a voz em produções audiovisuais, como na novela O Rebu e na abertura de Todas as Flores, por exemplo. Dandara contou o que Gal achou de Sophie:

Ela [Gal] viu bastantes cenas da Sophie cantando, ficou muito animada. Foi ela que alertou que Sophie cantava, que tinha cantado Sua Estupidez [em O Rebu]. Falou que Sophie tinha doçura no olhar e que tinha o timbre próximo do dela, que várias cantoras tentavam chegar no timbre parecido com o dela, mas Sophie o tinha.

Sophie aparece cantando em várias cenas --no entanto, nos momentos de memoráveis apresentações e gravações de Gal, é a voz da cantora que prevalece, e a atriz apenas a dubla.

Meu Nome É Gal se passa entre os anos de 1966 e 1971 e explora a transformação de Gal de jovem artista inexperiente, menina tímida, a uma das maiores cantoras do Brasil, que batia de frente com a Ditadura Militar (1964-1985).

Segundo as diretoras, Gal não interferiu nos rumos do filme, da trama que seria contada. Mas houve conversas em que ela foi apresentada aos caminhos que as cineastas estavam pensando em tomar no longa.

"Gal nunca interferiu em nada, permitiu liberdade criativa para que quem estivesse contando [a história] pudesse contar de seu próprio olhar. A gente criou uma parceria de amizade, carinho e respeito. A gente chegou a fazer uma apresentação do que estava pensando, um caminho possível", explica Dandara.

"O único comentário que ela fez em 2021, quando a gente realmente começou a produzir o filme, foi que gostou de termos deixado nos anos 1960 e 1970, não estava muito feliz de chegar nos anos 1980. Acho que ela sabia que o ouro estava ali", completa.

O filme já estava totalmente gravado em novembro de 2022, antes da morte de Gal. Mas a cantora não chegou a vê-lo. "Ela queria ser surpreendida no cinema. Acho que ela deve estar muito feliz, e esse filme é uma declaração de amor", diz a diretora.

"Ela incentivou [o filme], ela estava curtindo. Me encontrei com ela e me senti abençoada por ela ter me permitido essa honraria. O que a gente faz é homenageá-la e trazer pra outras gerações essa cosquinha de 'vai viver também'", conclui Sophie Charlotte.

Confira entrevista com Sophie Charlotte, Lô Politi e Dandara Ferreira:


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