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Machismo, brigas e rivalidades: os Velozes e Furiosos que o cinema esconde

Fotos: Divulgação/Universal Pictures

Charlize Theron e Vin Diesel em cena do oitavo Velozes e Furiosos: bastidores polêmicos - Fotos: Divulgação/Universal Pictures

Charlize Theron e Vin Diesel em cena do oitavo Velozes e Furiosos: bastidores polêmicos

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 18/8/2017 - 5h25

Uma das franquias mais lucrativas da história do cinema, com mais de US$ 5 bilhões arrecadados no mundo todo, Velozes e Furiosos é um grande sucesso com o público. Os longas sobre a gangue de corredores de racha estrelados por Vin Diesel e Paul Walker, porém, escondem bastidores que fariam qualquer motorista derrapar na curva.

Uma das estrelas dos longas já reclamou publicamente de machismo ao dizer que as personagens femininas são pouco utilizadas. Dois dos principais astros também trocaram farpas nas redes sociais e deixaram o clima no estúdio insustentável.

Palco do quinto longa, o Rio de Janeiro virou cenário controverso, já que a produção gravou boa parte das cenas da Cidade Maravilhosa em Porto Rico. E até o hit Despacito causou intriga ao desbancar o recorde de uma música do filme.

O oitavo filme da franquia pode ser alugado no Now, serviço para assinantes da Net e da Claro TV, por R$ 11,90. Os seis primeiros longas também estão disponíveis por R$ 5,90 cada. Já o sétimo capítulo pode ser visto, sem custo adicional, para quem conta com os canais Telecine em seu pacote.

Confira cinco curiosidades sobre os longas que atores e produtores gostariam que você jamais descobrisse:  

Michelle Rodriguez (segunda à esq.) com o elenco de Velozes e Furiosos 7: 'Festa da salsicha'

Clube do Bolinha
Principal atriz do elenco, Michelle Rodriguez abriu o jogo sobre o tratamento negativo que as personagens femininas sofrem na franquia: "Eu atuei com Jordana [Brewster] durante 16 anos e posso contar nos dedos de uma mão quantas falas eu tive que eram para ela. Acho isso patético e falta de criatividade", desabafou à revista Entertainment Weekly.

Depois, a atriz usou seu perfil no Instagram para criticar o machismo na produção: "Eu espero que eles deem um pouco de amor às mulheres no próximo filme. Ou eu precisarei dar adeus a uma franquia que eu amo", escreveu.

"Eles precisam melhorar a representação feminina para que eu continue a participar dos filmes. Quero dizer, esses filmes são como uma festa da salsicha", reclamou ao programa de TV Entertainment Tonight. 

Vin Diesel e Dwayne Johnson se enfrentaram por atrasos do astro no estúdio: 'Dois alfas'

Duelo de titãs
Astro da franquia desde o início, em 2001, Vin Diesel começou a atuar também como produtor a partir do quarto filme, de 2009. Com isso, ganhou uma liberdade maior durante as gravações, chegando atrasado ao estúdio e alterando o roteiro para que nenhum outro personagem ofuscasse o seu. O ator Dwayne Johnson, que entrou para o elenco no quinto filme, em 2011, decidiu peitar o colega.

"Nenhuma franquia faz meu sangue ferver tanto. A equipe é esforçada, e as atrizes são incríveis. Com os atores, é outra história. Alguns são profissionais e agem como tal; outros não", escreveu no Instagram, dizendo não ter paciência para molengas.

Mesmo com a rixa confirmada, Diesel botou panos quentes na situação. "Eu protejo todo mundo do elenco. Protejo Dwayne mais do que ele pode imaginar. E ele não precisa saber disso. O fato é que nem sempre é fácil ser um alfa. E, quando estou com Dwayne, são dois alfas juntos", disse ao USA Today. 

reprodução/youtube

Daddy Yankee e Luis Fonsi no clipe de Despacito: vídeo deixou See You Again comendo poeira

'Suave, suavecito'
Apesar de ser o hit do momento, Despacito não é uma música muito querida entre a equipe de Velozes e Furiosos. É que, no início deste mês, a canção de Luis Fonsi e Daddy Yankee se tornou o vídeo mais visto do YouTube. Superou, dessa forma, a faixa See You Again, uma homenagem ao ator Paul Walker.

O reinado de See You Again durou pouco: 25 dias. Em 10 de julho, a música do rapper Wiz Khalifa e do cantor Charlie Puth superou o coreano PSY e seu Gangnam Style. Menos de um mês depois, Despacito passou à frente: já são 3,23 bilhões de views do sucesso latino contra 3,03 bilhões do tributo a Walker.

Vin Diesel, que não dá ponto sem nó, percebeu o crescimento do reggaeton e gravou uma música do gênero: ele e o amigo Nicky Jam lançaram a faixa El Ganador, que faz parte do disco mais recente do cantor e compositor latino. 

Lucas Black estrelou o terceiro filme da franquia, mas acabou esquecido no restante da série

Protagonista rejeitado
Há 15 anos, Vin Diesel se recusava a atuar nas sequências dos filmes que estrelava. Assim, +Velozes +Furiosos (2003) contou somente com a volta de Paul Walker (1973-2013). E o terceiro longa, Desafio em Tóquio (2006), apresentou um novo protagonista, Sean Boswell (Lucas Black).

Quando o quarteto principal voltou com tudo no quarto filme, personagens coadjuvantes dos dois longas anteriores foram adicionados à equipe de ladrões. Lucas Black, porém, foi sumariamente deixado de lado. O ator até fez uma ponta rápida na sétima produção, com a promessa de que substituiria Walker na franquia após a morte do ator.

No oitavo filme, porém, um novo personagem foi apresentado para ocupar o lugar de Paul Walker na equipe. Eric Reisner (Scott Eastwood) dirige até o mesmo modelo de carro que o personagem de Walker usava. Black, aparentemente, foi esquecido. 

Dwayne Johnson e Elsa Pataky no 'Rio' do filme: atenção para o texto da faixa amarela policial

Brasil para gringos
O sucesso que os filmes da franquia fazem no Brasil acabaram trazendo a gangue para o país no quinto filme da série, Operação Rio (2011). No entanto, como boa parte do longa foi gravada em Porto Rico, que ofereceu incentivos fiscais para a produção, o Rio de Janeiro apresentado na telona deixou a desejar.

Entre outras gafes, é possível observar uma fita de isolamento policial para área de crimes no qual se lê a frase "Linha de polícia não se cruzam", uma tradução ao pé da letra (e equivocada) de "Police line - Do not cross", usada nos Estados Unidos.

Brasileiros também estranharam os nomes dados para os personagens e os sotaques estranhos de seus intérpretes. O grande vilão do longa, por exemplo, é um traficante chamado Hernan Reyes, vivido pelo ator português Joaquim de Almeida. E a policial Elena Neves é vivida pela espanhola Elsa Pataky.

Para transformar Porto Rico em Brasil, a equipe do filme fez tomadas aéreas de cartões-postais como o Pão de Açúcar, o Forte de Copacabana, Ipanema, a comunidade Santa Marta e o Cristo Redentor. Tudo para que a Cidade Maravilhosa virasse um antro de traficantes e prostitutas.

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