ESTREIA NOS CINEMAS
DIVULGAÇÃO/WARNER BROS.
Os viúvos Betty (Helen Mirren) e Roy (Ian McKellen) engatam uma relação em A Grande Mentira
VINÍCIUS ANDRADE
Publicado em 20/11/2019 - 5h31
As cenas iniciais de A Grande Mentira já revelam pistas para as inverdades que serão contadas no instigante romance policial de quase duas horas. Enquanto trocam as primeiras mensagens após um "match" em um site de relacionamento, um tipo de Tinder da terceira idade na Londres de 2009, Betty McLeish (Helen Mirren), uma viúva inglesa, e o também viúvo Roy Courtnay (Ian McKellen) contam pequenas mentirinhas.
No mesmo momento em que indica na plataforma digital que não consome bebidas alcoólicas, ela capricha em um gole de uísque; ainda no site, ele diz que não fuma, mas acende um cigarro à frente do computador. Papo vai, papo vem, os dois marcam um jantar. Depois das primeiras impressões, uma confissão: ambos colocaram nomes falsos nos perfis virtuais.
Entre uma mentira e outra, com um texto bem-humorado e a força da interpretação dos veteranos Helen Mirren, de 74 anos, e Ian McKellen, de 80, a relação do casal que se conheceu no site vai se desenrolando aos poucos.
Logo nos primeiros minutos, o público já sabe que Roy é um vigarista que vê na relação com Betty a chance perfeita para dar um dos grandes golpes de sua vida. A principal pedra no sapato dele é o neto da viúva, interpretado por Russell Tovey (da série Years and Years, de 2019).
Mas a milionária aceita o golpista com jeito de bonzinho de braços abertos. Os dois passam a morar juntos e começam a desenvolver uma relação de amizade e cumplicidade. Quase um romance fofinho da terceira idade.
Só que o mais interessante é o suspense em torno da trama. Quem e quando está falando a verdade? Qual será a grande mentira? Alguém vai se dar bem no final?
O roteiro de Jeffrey Hatcher (do filme Sr. Sherlock Holmes, de 2015) é baseado no romance homônimo de Nicholas Searle. A direção fica a cargo de Bill Condon, que comandou o live-action de A Bela e a Fera (2017) e ganhou um Oscar como roteirista de Deuses e Monstros (1998).
No fim das contas, A Grande Mentira prova que a famosa frase do escritor brasileiro Rui Barbosa (1849-1923) deve sempre ser levada em consideração: "Não se deixem enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem".
O longa estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta (21). Assista ao trailer abaixo:
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