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OBRA OVACIONADA

Ainda Estou Aqui: Filme com Fernanda Torres vai representar o Brasil no Oscar

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Fernanda Torres está séria e com os olhos marejados no filme Ainda Estou Aqui

Fernanda Torres no filme Ainda Estou Aqui: elenco tem Selton Mello e Fernanda Montenegro

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 23/9/2024 - 14h18
Atualizado em 25/9/2024 - 9h39

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais (ABCAA) escolheu o filme Ainda Estou Aqui para representar o Brasil em uma vaga para a categoria de melhor filme internacional no Oscar 2025. Dirigido por Walter Salles, a obra foi ovacionada durante dez minutos em sua recente estreia no Festival de Veneza no início do mês e --com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco.

A escolha do longa-metragem foi anunciada nesta segunda (23) em comunicado à imprensa. Ainda Estou Aqui disputou com outras 11 produções brasileiras para concorrer à vaga. Na semana passada, o filme passou para o segundo turno --quando as obras começam a ser filtradas-- com outros cinco longas.

Ainda Estou aqui foi escolhido por unanimidade pela Comissão de Seleção, composta por 24 profissionais. Também disputaram a vaga Cidade Campo, de Juliana Rojas; Levante, de Lillah Halla; Motel Destino, de Karim Aïnouz; Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges; e Sem Coração, de Nara Normande e Tião.

"Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar", afirmou Bárbara Paz, presidente da Comissão de Seleção.

"Ainda Estou Aqui é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso", acrescentou a atriz.

O filme dirigido por Walter Salles estreia no Brasil em 7 de novembro e é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva (1929-2018).

A história conta como ela criou sozinha os cinco filhos após o marido ser preso e morto por agentes da ditadura. Eunice consegue se reerguer, volta a estudar, torna-se advogada e defensora dos direitos indígenas. Um detalhe marcante é que ela nunca chorou na frente das câmeras.


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