Lesão, morte do pai e abandono do salto: Valdileia Martins vive drama na Olimpíada

Valdileia Martins enfrenta dramas pessoais na Olimpíada de Paris. Depois de perder o pai na segunda (29), ela se lesionou nas eliminatórias do salto e, neste domingo (4), decidiu abandonar a competição. A atleta se mostrou confiante para a final, mas ao iniciar a corrida para fazer o primeiro salto, sentiu dores no tornozelo. Ela disse que estava sem condições físicas para prosseguir na final.

A paranaense conseguiu se classificar para a final ao igualar o recorde brasileiro de 1989 da ex-atleta Orlane Maria dos Santos, que superou a barra em 1,92 metro em Bogotá, na Colômbia. Valdileia passou com a 6ª melhor marca da bateria dela e a 11ª posição na classificação geral.

A saltadora torceu o tornozelo esquerdo ao tentar pular 1,95 metro na sexta (2). Assim que deixou o ginásio, as equipes médicas que atendem os atletas brasileiros iniciaram um tratamento relâmpago no membro machucado. Esse tipo de lesão prejudica a corrida que antecede o salto e também o movimento de saltar.

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Responsável pelo atendimento médico de Valdileia, André Guerreiro afirmou que a esportista estava confiante para a final. Em apenas dois dias de tratamento da lesão, a brasileira apresentou uma evolução significativa. Mesmo machucada, ela disse que estava satisfeita com sua performance.

"Colocamos como meta ser finalista olímpica e quebrar o recorde brasileiro. E eu igualei. Quando tentei 1,95 metro, coloquei um pouco mais de força do que deveria e acabei torcendo o meu pé", relatou ela, em entrevista à Globo.

"Mas eu estou contente com o resultado, é o que eu imaginava, foi tudo como planejado. Eu treinei para sair na Olimpíada. Acho que foi um feito muito grande", acrescentou a atleta.

Valdileia passou por um momento complicado quando já estava na Olimpíada de Paris. Na segunda (29) ela recebeu a notícia da morte de seu pai, Israel Martins, aos 74 anos. O patriarca foi um dos incentivadores de sua carreira no atletismo. Seus primeiros saltos foram improvisados com vara de pescar e sacos com palha de arroz para o amortecimento.