Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

BASTIDORES

Boninho vem aí? Por que chefão do SBT 'caiu para cima' após três meses no topo

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM E ROGÉRIO PALLATTA/SBT

O empresário Rinaldi Faria e o executivo Fernando Justus Fischer, que só ficou 99 dias em cargo

O empresário Rinaldi Faria e o executivo Fernando Justus Fischer, que só ficou 99 dias em cargo

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 19/2/2025 - 12h55
Atualizado em 19/2/2025 - 14h44

A queda de Fernando Justus Fischer do comando das operações do SBT, anunciada na segunda-feira (17) à noite, até agora não foi bem digerida. A principal narrativa é que Fisher perdeu poder e prestígio com a chegada do empresário Rinaldi Faria, dono da franquia de palhaços Patati Patatá e pastor evangélico, que desde novembro atua como "consultor da presidência" do SBT.

Amigo desde o colégio da presidente do SBT, Daniela Abravanel Beyruti, e há 27 anos na casa, Fischer estava oficialmente havia apenas 99 dias no cargo de COO (sigla em inglês para diretor executivo de operações), o segundo mais importante na hierarquia da emissora. Era braço direito da filha número três de Silvio Santos (1930-2024). "Caiu para cima" ao ser nomeado diretor de relações institucionais e novos negócios do Grupo Silvio Santos.

Fischer reinou muito pouco. Desde que chegou ao SBT, duas semanas depois de Fischer virar COO, Faria vem interferido em toda a rotina da emissora, dando ordens que impactam na operação ou que são simplesmente anedóticas, como telefonar às 3h da manhã para a Redação de Jornalismo e pedir para o apresentador mudar a gravata.

O novo todo-poderoso do Complexo Anhanguera também vetou o uso de grua em telejornais e reclamou do quadro Se Beber, Não Fale, do Sabadou, em que os participantes tomam um coquetel alcoólico. Na terça (18), fez demissões no Circo do Tiru e apresentou novos contratados. Ao mesmo tempo em que reduz custos, Faria poupa Daniela Beyruti de aparecer executando ações impopulares.

O SBT disse em nota que Fernando Fischer "assumiu um novo capítulo" em sua carreira ao ser transferido para o Grupo Silvio Santos para voltar a exercer uma função que já teve, a de diretor de assuntos institucionais. Segundo a rede, o executivo é "necessário no grupo", que se prepara para lançar uma operação de bet. Suas funções na TV, de acordo com o comunicado, foram assumidas por Daniela Beyruti.

Além de noticiar a "promoção" de Fischer, a mesma nota oficial do SBT fez questão de ressaltar que Rinaldi Faria "continua atuando como consultor da presidência, contribuindo em diversas áreas", com a missão de "impulsionar a eficiência e otimização em toda a organização".

A intenção era deixar claro que Patati, como Faria é maldosamente chamado pelas costas, não puxou o tapete de Fischer, mas o SBT acabou confirmando que ela continua "assessor", mas mandando como diretor.

Fischer não foi a única vítima da rápida ascensão de Rinaldi Faria. Na semana passada, a emissora demitiu Lucas Gentil, um diretor de programas que vinha fazendo o papel de diretor artístico desde que Fernando Pelegio deixou o SBT, em setembro de 2023. Gentil era pessoa de confiança de Daniela, mas não resistiu aos desastres da programação de 2024 e aos erros com elenco.

Fernando Fischer não caiu apenas porque a filha de Silvio Santos estaria encantada por Rinaldi Faria. O SBT não teve um ano feliz em 2024, e seu balanço contábil, costumeiramente divulgado em abril, provavelmente confirmará que houve prejuízo. Além disso, Daniela Beyruti encomendou recentemente uma pesquisa de avaliação de executivos do SBT por parte dos funcionários. Teria ficado decepcionada com o que leu sobre Fernando Fischer.

Por fim, corre nos bastidores do SBT e arredores uma teoria da conspiração (ou seria uma corrente de oração?) de que a saída de Fischer apenas abriu caminho para a chegada de um novo super-executivo, que seria J.B. Oliveira, o Boninho, ex-Globo.


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.