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SAÚDE MENTAL

Wanessa esconde síndrome do pânico por 20 anos: 'Iam me ver como louca'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Wanessa Camargo no Instagram

Wanessa Camargo no Instagram; cantora revelou que precisou esconder questões de saúde mental

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 2/10/2024 - 8h54

A cantora Wanessa Camargo convive com a síndrome do pânico há pelo menos 20 anos, mas só abordou o assunto após participar do BBB 24. A artista sempre teve medo da reação do público com relação as suas questões de saúde mental, mas percebeu que as redes sociais promoveram um espaço de humanização de figuras públicas --e que se abrir sobre o assunto a colocaria ainda mais perto de seus fãs.

"Venho de uma geração que a gente tinha outra forma de ver o artista, de uma coisa meio pedestal. A gente não podia demonstrar nossas fragilidades, vulnerabilidades, a gente tinha que estar sempre perfeito, impecável nas fotos, nos lugares. Imagina se postar acordando, desarrumada?", afirmou em entrevista à revista Quem.

A síndrome do pânico foi uma vivência extremamente pessoal, que por duas décadas não teve coragem de compartilhar com outras pessoas foram de seu círculo familiar. Quando percebeu que podia inspirar a partir de algo negativo, ela resolveu se abrir de vez.

"Quando tive minha primeira crise, em 2004, ninguém falava disso. Iam me ver como louca e não queria que as pessoas me vissem assim, escondi do público, escondi de todo mundo. Nessa segunda vez, depois de quase 20 anos, entendi que era parte do meu papel como comunicadora, influenciadora de alguma forma, dividir com meu público uma vulnerabilidade que estava vivendo e que poderia contribuir com outras pessoas que estavam vivendo isso", refletiu.

A cantora tentou encontrar um equilíbrio. Por trabalhar com música e já tocar as pessoas, de certa forma, em âmbito pessoal, ela achava que não havia outros jeitos de se conectar. Entretanto, entendeu que quanto mais seus fãs se identificassem com sua vida, mais ela conseguiria atingir objetivos profissionais.

"Fui aprendendo com o tempo como a ser mais humano na minha vida profissional, ser real e ao mesmo tempo colocar um limite para que também possa ter minha privacidade, que tem que ser preservada", relatou.

"Acho que é na vivência, é você entender: 'Aqui não vou colocar mais vida pessoal'. Tenho isso muito como mãe, com meus filhos, relacionamentos, familiares", declarou.

O carinho que recebeu após ter sido expulsa do Big Brother Brasil fez com que ela percebesse que sempre terá uma rede de apoio, desde que seja verdadeira consigo mesma e com seu público.

"Eles são a mola que te levanta. A minha família, amigos, pessoas com quem convivo em 41 anos de vida foram essenciais para que pudesse ter esse esse lugar de acolhimento e sustenção. Mesmo sem pedir ajuda, porque capricorniano tem uma dificuldade de pedir ajuda, quer resolver tudo sozinho, dar conta de tudo", disse.

"Não precisei pedir ajuda, pois meu olhar, minha fala, meu jeito já falava e todo mundo entendeu. Inclusive pessoas que me acompanham há anos e que me deram todo suporte e amor do mundo", completou.


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