Sindicato dos atores faz acordo e termina greve após quase quatro meses

Após se arrastar durante 118 dias, a greve dos atores de Hollywood chegou ao fim com um acordo provisório nesta quinta (9). O SAG-AFTRA aprovou por unanimidade uma concessão com os estúdios de cinema e serviços de streaming. O trato inclui um aumento significativo na remuneração mínima dos trabalhadores da categoria e proteção contra a Inteligência Artificial.

"Nossa greve está oficialmente suspensa e todos os locais de piquetes estão fechados. Em um contrato avaliado em mais de US$ 1 bilhão, alcançamos um acordo de âmbito extraordinário que inclui aumentos de remuneração mínima 'acima do padrão', disposições sem precedentes para consentimento e compensação que protegerão os membros da ameaça da IA ​​e, pela primeira vez, estabelece um bônus de participação no streaming", declarou o sindicato dos atores.

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A determinação também estabelece um aumento substancial no plano de saúde dos atores. "Além disso, o acordo inclui inúmeras melhorias para diversas categorias, incluindo aumentos de remuneração descomunais para figurantes e disposições contratuais críticas que protegem diversas comunidades", assegurou.

O SAG-AFTRA comemorou que, a partir do acordo, todos os membros do sindicato poderão construir carreiras sustentáveis e se beneficiar ainda mais da profissão no futuro. O sindicato também afirmou que não dará detalhes dos termos até que o Conselho Nacional os revise.

"Agradecemos aos nossos irmãos sindicalizados --os trabalhadores que impulsionam esta indústria-- pelos sacrifícios que fizeram enquanto apoiavam a nossa greve e a do Writers Guild of America [sindicato dos roteiristas]. Estamos juntos em solidariedade e estaremos juntos quando vocês precisarem de nós", pontuou.

"Obrigado a todos pela dedicação, comprometimento e solidariedade ao longo desta greve. É por sua causa que essas melhorias se tornaram possíveis", finalizou o anúncio.

Membro do comitê de negociação do SAG-AFTRA, Kevin E. West ainda afirmou à Variety que houve "lágrimas de alegria e alegria" na sala do comitê depois que o contrato foi aprovado.

"A votação final foi unânime. Isso é algo difícil de conseguir", afirmou West. "Sinceramente, foram duas semanas muito longas". Ele disse que o acordo final "não é perfeito --nada é", mas que chegar a esse resultado foi uma conquista "extraordinária".