Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

ANGELA DIPPE

Palhaça de berço, atriz usa vulva gigante para levar homens ao universo feminino

Divulgação/Heloísa Bortz

Angela Dippe faz carão em frente a um ventilador gigante que deixa seus cabelos esvoaçantes

Eterna Penélope do Castelo Rá-Tim-Bum, Angela Dippe estrela espetáculo em São Paulo

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 24/8/2023 - 6h20

A atriz Angela Dippe nasceu em 10 de dezembro, Dia do Palhaço. Assim, é natural que ela utilize o humor para expor temas que considera importantes. Atualmente em cartaz em São Paulo com o espetáculo Da Puberdade à Menopausa, ela usa até uma vulva gigante para fazer com que os homens mergulhem no universo feminino.

Com tintas autobiográficas e muito humor, o show compara a trajetória da mulher a uma "montanha-russa de hormônios", enquanto a vida dos homens segue em "movimento retilíneo e uniforme, sem atrito e sem aceleração", como define a própria atriz, de 61 anos.

"A grande maioria do público é de mulheres. Mas os homens que assistem têm gostado, tiram foto comigo, elogiam, é sempre uma resposta positiva. E, se eles ficam cheios de dedos, a gente gosta ainda mais (risos)", brinca a eterna Penélope do Castelo Rá-Tim-Bum (1994-1997).

Segundo Angela, os homens não podem fugir desses temas considerados femininos. "As questões da menopausa e da menstruação, esses eventos biológicos, são todos transversais, porque afetam a família, o esposo, o chefe, o filho... É importante que eles saibam, porque vai afetá-los também!"

Da Puberdade à Menopausa não é um espetáculo tradicional. Tanto que a atriz, que ainda assina o texto, sequer consegue defini-lo. "Quando eu terminei de escrever, vi que não era bem um stand-up nem uma palestra. Pela formatação, é um monólogo, mas também não é totalmente isso. Então, já inicio a sessão avisando ao público que vai ser um pouco de tudo. Brinco: 'Eu não decidi ainda o que é porque meu ascendentes é em Gêmeos' (risos)."

Angela, aliás, ressalta que é uma humorista fiel à palavra no papel. "Não sou do improviso. Gosto do ritmo, meu texto tem rimas, tem cadência, e eu sou bailarina, adoro essa dinâmica dramatúrgica", justifica. Tudo muda, porém, quando a tal vulva gigante desce do teto do teatro para adornar o palco.

"Naquele momento, eu chamo um cara da plateia para participar. Aí é improviso, porque não dá para saber como ele vai reagir. Vira jazz, porque 90% é texto decorado, e a repetição é a mãe da sabedoria. Mas esses 10% são uma loucura, porque tudo pode acontecer. Digo que o público, na verdade, é testemunha, porque aquilo nunca mais se repetirá da mesma maneira", diz.

Da Puberdade à Menopausa fica em cartaz até o dia 31, no teatro J. Safra (Rua Josef Kryss, 318, Barra Funda, São Paulo), com sessões quintas-feiras, às 21h30. Os ingressos custam de R$ 35 a R$ 100 e estão disponíveis na plataforma Eventim e na bilheteria do estabelecimento.


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.