Na prisão após A Grande Conquista, Fellipe Villas desabafa: 'Tentando ficar firme'

Fellipe Villas fez uma carta aberta para falar aos seguidores sobre seu estado na cadeia. O militar, que foi desclassificado do reality A Grande Conquista 2 e preso por ter desertado do posto de soldado na Polícia Militar do Espirito Santo, afirmou estar entre "homicidas, estupradores e ladrões". Ele admitiu que está vivendo um período difícil, mas aguarda o dia em que poderá se defender.

O soldado está sob custódia no Quartel do Comando-Geral da corporação, em Maruípe, Vitória, desde a última sexta (19) --antes ele estava em São Paulo, onde acontece o reality show. O ex-participante foi retirado do programa no último dia 12.

A carta foi postada no sábado (20) pela equipe do militar, que divulgou um print do WhatsApp com o texto. "Meu povo, passando aqui de uma forma diferente do que de costume para tranquilizar vocês que gostam, torcem e se preocupam comigo. Está sendo difícil pra mim, tenho certeza de que não sou nenhum criminoso", afirmou ele.

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"Fui colocado junto com homicidas, estupradores, ladrões, quadrilheiros e também com bons policiais sendo injustiçados. Mas cada um sabe do seu valor e aguardo o dia que poderei me defender e provar o meu", arrematou o ex-participante do A Grande Conquista, cujo prêmio era de R$ 1 milhão. Ele foi desclassificado na reta final.

Ele também afirmou que "muitas inverdades" foram veiculadas sobre sua prisão. "Tem algumas coisas que não foram faladas e, quando eu tiver oportunidade, irei me defender. Estou me apegando em Deus, tentando ficar firme aqui dentro", escreveu.

"Queria agradecer todas as orações e energias positivas que você têm me mandado e peço que continuem orando por mim e pela minha família, para Deus nos dar forças. Muito obrigado, de coração", encerrou o policial militar.

Por que Fellipe Villas foi preso?

De acordo com um comunicado da Polícia Militar do Espírito Santo, Fellipe Villas responde pelo crime de deserção, previsto no artigo 187 do Código Penal Militar. Além das faltas injustificadas, o soldado não compareceu a uma avaliação de sua condição mental na Junta Militar de Saúde (JMS) --ele entrou com um laudo psiquiátrico que o dispensou durante 90 dias de suas obrigações, mas precisava ser submetido à avaliação para gozar do benefício.

O atestado, contudo, foi apresentado quando ele já estava no programa, em 15 de abril. Apesar de ele não ter ido à avaliação, a PM esperou o dia 15 de maio para começar a contabilizar a ausência do soldado --ele estava no período de férias regulamentadas até essa data.

Do dia 15 de maio em diante, foram contabilizadas as oito faltas injustificadas necessárias para que seja concretizado o delito de deserção.

Villas também não obteve autorização para participar do reality. "Por ter menos de 10 anos de serviço, não houve amparo legal para que tivesse a dispensa concedida pela administração pública", disse a polícia em nota.